A vereadora Nancy Thame (PV) participou, na noite desta terça (30), da mesa de diálogo “Violência contra a mulher em tempos de pandemia: experiência de enfrentamento estadual e municipal”, organizada pela WDN Brazil (Women’s Democracy Network). O evento ocorreu por videoconferência.
Convidada para explanar sobre as principais conquistas e ações realizadas em prol da luta em proteção às mulheres em Piracicaba, Nancy destacou a aprovação de sua emenda à Lei Orçamentária Anual de 2020 que destina R$ 45 mil para projeto de pesquisa para coleta, análise e divulgação de dados referentes à violência contra a mulher em Piracicaba.
“Recebemos a notícia esta semana da confirmação do início deste levantamento, que será realizado pelo Ipplap [Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba]. Sem esses dados, teremos dificuldade em implantar políticas públicas que funcionem no nosso município”, ponderou a vereadora.
Nancy também destacou a criação da Procuradoria Especial da Mulher na Câmara, da qual é a atual procuradora. Segundo ela, a iniciativa foi essencial para “estabelecer territórios dentro do Legislativo para proteger e elaborar políticas públicas para as mulheres, além de ter ajudado na criação de uma Rede de Atendimento e Proteção à Mulher em Piracicaba”.
A vereadora ainda lembrou a Lei de Diretrizes para o enfrentamento à violência contra a mulher –assinada em conjunto com a vereadora Coronal Adriana (PSL)–, a criação do Fórum de Empreendedorismo Feminino em 2017 e, mais recentemente, a apresentação de projeto de lei de sua autoria que institui a Semana Municipal de Ações Voltadas à Divulgação da Lei Maria da Penha em escolas públicas e privadas de Piracicaba, que ainda está em tramitação na Câmara.
A discussão fez parte da programação dos “10 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, evento que está sendo realizado desde 22 de junho em vários países em que a WDN tem sede. No Brasil, a organização é dirigida por Silvia Rita Souza, que deu as boas-vindas aos participantes.
“Muitas mulheres sofrem violência física ou sexual e, para milhões delas, a violência começa em casa. Não basta que as mulheres lutem sozinhas; famílias, comunidades e governos precisam ouvi-las e se unir para acabar com a violência de gênero”, ressaltou a diretora.
A mesa de diálogo também contou com as explanações de Luciana Azambuja, subsecretária de Políticas para as Mulheres em Mato Grosso do Sul, e de Ericka Filippelli, secretária da Mulher no Distrito Federal. A mediação foi da advogada e integrante da WDN Brazil Enilde Martins.
WOMEN’S DEMOCRACY NETWORK
Fundada em março de 2006, a WDN é uma iniciativa do Instituto Republicano Internacional para aumentar a participação política das mulheres. Está presente em 60 países em todas as regiões do mundo. O objetivo da entidade é reunir mulheres filiadas e não filiadas a partidos políticos para trabalhar em prol do empoderamento da mulher em todas as áreas.