O mês de maio foi para Piracicaba novamente de queda nos postos de trabalho. Conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério da Economia, a cidade fechou o quinto mês do ano com saldo negativo de 1.741 empregos. Uma queda significante também já havia ocorrido no mês de abril, com saldo 1.677 postos de trabalho a menos na cidade.
O saldo é resultado da diferença entre desligamentos e admissões em um dado período. No mês de maio, foram no total 1.559 admissões ante 3.300 desligamentos, o que, portanto, ocasionou o saldo de 1.741 empregos a menos.
O levantamento mostra que os setores de serviços e a indústria foram os que mais contabilizaram demissões no período, com saldo negativo de 1.029 e 475 postos de trabalho respectivamente. O ramo de serviços contratou 525 trabalhos e demitiu 1.554 em maio, enquanto a indústria admitiu 300 e desligou 775.
O comércio, dentre os principais setores, teve saldo negativo de 226 postos de trabalho, com 464 contratações e 690 demissões. Por sua vez, a construção civil teve contabilizadas um total de 151 admissões e 226 desligamentos, resultando em -75 postos, enquanto a agropecuária foi o único segmento que manteve saldo positivo (64 postos) no período, registrando 119 admissões e apenas 55 demissões.
Conforme o presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Luiz Carlos Furtuoso, o saldo negativo nos empregos da cidade já era esperado, devido ao cenário de pandemia. “O momento de incertezas e dificuldades por conta da mudança ocasionada pela pandemia impacta diretamente a economia. O fechamento dos segmentos não essenciais por um período refletiu nesses números. O novo fechamento agora, pelo fato de Piracicaba ter regredido no plano de combate à Covid-19 deve também trazer resultados negativos nos próximos meses. É um momento muito difícil para todos. Temos de unir esforços em todos os sentidos para que os impactos possam ser os menores possíveis e se estendam pelo menor tempo”, destaca.
Piracicaba tem novo saldo negativo de emprego
1 de julho de 2020