NA SANTA CASA DE PIRACICABA

Crédito: Divulgação

Era para ser mais um dia de quarentena na vida da adolescente Maria Giulia Casemiro Chiquito, de 14 anos, que tem passado parte do tempo com o pai, em Tietê, e parte do tempo com a mãe, em Boituva. No entanto, no dia 15 de maio, um acidente mudou o percurso de sua vida. Naquela manhã, na casa do pai, ao calçar o tênis ela foi picada por um escorpião e horas mais tarde, entrava em falência cardíaca. “Assim que ela levou a picada e me chamou, corri para onde ela estava, matei o escorpião e o levei junto para a Santa Casa da minha cidade. Ao chegar no hospital deram para minha filha um soro de bloqueio e depois de ficar em observação, nos deram alta. Voltamos para casa, mas algumas horas depois ela começou a passar mal e retornamos ao hospital. Ao dar entrada,os médicos de lá perceberam que a situação era grave e, imediatamente, pediram a transferência para a Santa Casa de Piracicaba”, disse o pai Fabiano Chiquito.
PARADA CARDÍACA

Segundo ele, Maria Giulia teve uma parada cardíaca de 5 a 6 minutos e chegou desfalecida em Piracicaba. No entanto, a equipe da Santa Casa já estava preparada para recebê-la e o atendimento foi rápido. Ela precisou do soro antiescorpiônico, no qual a Santa Casa de Piracicaba é referência e único hospital da região, e um dos sete hospitais que atuam como centro de referência no atendimento às vítimas de picadas de animais peçonhentos, entre eles o escorpião.
CASO 

O caso de Maria Giulia, porém, ia além. Ela seguiu para a UTI e ao analisarem o caso foi encaminhada para tratamento na UCO (Unidade Coronariana) da Santa Casa de Piracicaba. Às 48 horas seguintes eram cruciais para a evolução ou regressão da falência cardíaca. “Foi um desespero, as horas se tornavam intermináveis”, disse o pai.
CHOQUE 

A mãe de Maria Giulia, Célia Casemiro, foi avisada por Fabiano assim que deram entrada na unidade em Piracicaba. “Entrei em choque, em desespero. Precisei pedir para alguém me levar até Piracicaba, pois eu não teria estrutura para passar por outra perda”, disse Célia, ao se referir da morte de sua filha caçula há seis anos, que aos 3,5 anos de idade foi picada por um carrapato, no mesmo local em que Maria Giulia estava, e foi a óbito por febre maculosa. “Toda aquela dor e desespero veio à tona, eu não podia passar por isso de novo”.
EM ORAÇÃO

Nas horas que se seguiram, a cidade de Boituva parou em oração, segundo Célia. Passado o período crítico, Maria Giulia começou a mostrar melhoras e a esperança ganhou ainda mais força. “Eu não tenho palavras para agradecer todo atendimento, atenção e carinho de toda equipe da Santa Casa de Piracicaba com a minha filha, tanto que agora ela terá que fazer acompanhamento e faço questão que seja com os médicos daqui”, disse.

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