Covid-19: Hospital Regional dá cartas de familiares aos pacientes

Devido a atual situação mundial ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a comissão de humanização do HRP (Hospital Regional de Piracicaba) Dra. Zilda Arns, criou a Campanha Você Não Está Sozinho. O objetivo é que os pacientes recebam cartas de seus familiares, mensagens de carinho no momento das refeições e desenhos dos filhos dos colaboradores.
A proposta surgiu da necessidade de trazer mais conforto aos pacientes internados que não podem receber visitas e nem ter acompanhante por conta da pandemia. “Além de trazer conforto para o paciente, nosso objetivo é motivá-lo a ter uma boa recuperação, sabendo que tem alguém esperando por ele em casa. Nós queremos enfatizar também aos colaboradores, de como o trabalho deles é importante no processo de melhora dos enfermos” comenta Lenara Barbieri, presidente da comissão.
Diante de um cenário de isolamento, pacientes estão reaprendendo a conviver consigo mesmo e a proposta tem um grande impacto, principalmente no paciente que se encontra com a saúde vulnerável. “Todo mundo está focando no problema, nós estamos vendo o quanto o mundo está preocupado e mobilizado, mas a gente acaba esquecendo da questão humana, dos sentimentos, tudo mudou, as pessoas não podem mais se abraçar”, salienta Jacqueline Bertolini, que também compõem a comissão.
Jaqueline, que atua como assistente administrativo, esclarece que o afeto se transformou frente a pandemia e nesse caso, a tecnologia é uma forte aliada. “Evidentemente é uma forma de demonstrar carinho sem ter o contato físico, já que as cartas mexem com o emocional da pessoa e essa é a intenção” comenta Bertolini.
Os desenhos, com o tema da campanha, são feitos pelas crianças das famílias dos colaboradores do HRP. A intenção de envolver a juventude nessa ação é de conscientizá-los através da brincadeira. “Queremos que essa atitude desperte empatia nas crianças, para que elas entendam o quão importante é se colocar no lugar do outro. Pensamos que, nesse momento de isolamento, os pais devem conversar com os filhos sobre a importância de ajudar o próximo e sobre o momento em que estamos vivendo”, explica Barbieri.
Tanto as cartas quanto os desenhos são recebidos pela comissão, que faz uma triagem para saber se o paciente ainda está internado na unidade e depois são escaneados, impressos e entregue as enfermeiras para levar até o paciente. “Os pacientes que recebem as cartas estão ficando comovidos, pude notar a reação deles ao receber, é emocionante. Para aqueles que estão debilitados, as enfermeiras leem e deixam a carta no leito para que saibam que está ali. Elas mesmas acabam se emocionando e, os desenhos que as crianças estão fazendo são lindos, os pacientes ficam surpresos ao receber e muito felizes quando veem, é gratificante!”, conta Jacqueline.
A campanha envolve a todos, mas o principal é fazer com que o paciente se sinta bem dentro de um hospital e os detalhes fazem toda a diferença, como uma simples frase na sua refeição. Já os colaboradores, mesmo vendo toda situação, não deixam de sorrir e cuidar do próximo, por isso é importante valorizar o trabalho desses profissionais. “Nos colocarmos no lugar do outro, é o que gostaríamos de receber. É maravilhoso tudo isso, até pra gente, porque é muito bom você dar amor. É um sentimento de realização”, expressa Jacqueline.
COMO FUNCIONA A CAMPANHA 

“Aos familiares quando vem a primeira vez, acompanhando o paciente que vai ser internado, é entregue um termo de responsabilidade informando que ele não pode vir ao hospital e que o boletim médico será via telefone. Em seguida, é dado uma orientação dizendo que a família pode estar enviando uma carta escrita de próprio punho para o e-mail específico da instituição, que fará os procedimentos definidos e em seguida entregue ao paciente no mesmo dia”, informa Lenara.
A carta precisa estar legível, feita a mão, conter o nome do paciente e de quem está enviando. O desenho deve seguir o tema da Campanha Você Não Está Sozinho, com mensagens positivas e deve ter o nome da criança.

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