SP e a guerra sem tréguas contra o vírus

Marco Vinholi

Estamos em guerra contra um inimigo menor que uma semente de mostarda, invisível a olho nu, mas que não obstante representa um enorme desafio, não apenas para São Paulo e o Brasil, mas para o mundo. Este inimigo, contudo, está longe de ser invencível e nós o estamos combatendo dia e noite, com medidas sanitárias, econômicas, sociais e administrativas. As batalhas pela frente são muitas, mas tenho convicção de que, com a ativa colaboração dos brasileiros de São Paulo, que entenderam a gravidade da situação e oferecem a sua cota de sacrifício pessoal, seguindo as recomendações das autoridades, seremos vitoriosos.
Nós do Governo do Estado de São Paulo confiamos que, com as medidas tomadas até aqui, e com outras que ainda virão, retomaremos as atividades normais do dia a dia o mais cedo possível. Nossa intenção é liberar a retomada das atividades o mais rapidamente possível, mas não podemos colocar a saúde da população em risco. A curva de disseminação da doença é ascendente, e por isso a recomendação é de isolamento social, com o mínimo fluxo possível de pessoas para que o sistema de saúde possa atender e cuidar de todos.
Para que isso se torne realidade, o governo do Estado faz a sua parte. Por exemplo, liberamos para todos os 645 municípios paulistas R$ 311 milhões em repasses emergenciais para enfrentamento e contenção da Covid-19.
Na semana passada, o Governador João Doria anunciou o repasse de R$ 40 milhões para municípios com menos de 100 mil habitantes. Somados aos R$ 218 milhões confirmados para outras 79 cidades com população maior do que esta, além de outros R$ 50 milhões para a Capital, o total representará efetivos investimentos na aquisição de insumos hospitalares, montagem e operação de hospitais de campanha, como o do estádio do Pacaembu e do Anhembi, na Capital, bem como em centros de referência para atendimentos de baixa e média complexidade nas cidades menores do interior e do litoral.
A orientação para municípios com até 300 mil habitantes é a criação de um centro de referência de combate ao Coronavírus, com primeiro atendimento, consulta e testes, sem a previsão de leitos. Para municípios maiores, a orientação é a criação de hospitais de campanha, com leitos. Os municípios contam com flexibilidade para a utilização dos recursos, o Estado entende que cada região conhece melhor as suas dificuldades e peculiaridades e pode utilizar o método mais apropriado no enfrentamento da doença.
Os valores anunciados já começaram a ser transferidos aos municípios no dia 30 de março.
Esta estratégica permitirá que os leitos de terapia intensiva (UTI) estejam liberados para os pacientes em estado grave. Medidas de assistência social, como a abertura dos restaurantes Bom Prato inclusive nos fins de semana, também fazem parte das ações governamentais. Bem como a distribuição de 140 mil kits de alimentação para caminhoneiros, que tem apoio de empresas concessionárias e será realizada em 43 pontos de 19 rodovias que operam sob regime de concessão. A medida vai se estender até o dia 30 de julho.
No âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), temos realizado diariamente videoconferências com municípios das 15 Regiões Administrativas do estado para esclarecer, informar e debater com os prefeitos e os secretários municiais de saúde as medidas de enfrentamento da pandemia, sanando dúvidas sobre os procedimentos adotados e abordando a situação de saúde local.
Além disso, autorizamos repasse de R$ 100 milhões para mais de 300 Santas Casas e hospitais municipais. O Governador criou ainda uma força-tarefa de logística e transportes para garantir o funcionamento da malha rodoviária paulista e, consequentemente, todo o sistema de escoamento de produtos durante o período da pandemia. O objetivo é facilitar a circulação de mercadorias e garantir a segurança dos profissionais que trabalham nesta cadeia econômica, que não pode ser interrompida.
Finalmente, vale lembrar a ampliação da rede de testes para o novo corona vírus no Estado; reforçaremos a rede de exames com as unidades regionais do Instituto Adolfo Lutz, situadas em Santo André, Sorocaba, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. Elas estarão habilitadas a processar amostras, com capacidade de 500 exames por dia, podendo chegar até mil. Nesta semana ainda, chegam 20 mil kits de testes importados e 10 mil enviados pela Fiocruz, que serão distribuídos entre o Instituto Adolfo Lutz e outros laboratórios credenciados.
Vamos retomar nossas atividades de sempre o mais cedo que for possível, mas a recomendação ainda é de isolamento social para que possamos cuidar de todos que precisarem. Não tenham dúvida, vamos vencer esta guerra!
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Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de SP

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