Quando os ex-prefeitos foram para um debate

Machado, Hermann, Salgot, Thame e Maluf, edição de 17 de agosto de 1994 do Jornal de Piracicaba – Crédito: Alessandro Maschio/JP

O ex-prefeito José Machado (PT) tem insistido pelas redes sociais num convite-convocação aos ex prefeitos da cidade para que sentem, conversem, e colaborem com a administração municipal, nestes dias de grandes dificuldades com a crise na saúde pública estabelecida através da difusão de uma pandemia. Na página A2, hoje, publica artigo sobre o tema.
Machado tem alertado nos seus textos que “Concordo plenamente com a proposta de se criar em Piracicaba, válida para todas as cidades brasileiras, um Comitê Municipal de Combate ao Coronavirus”, coordenado pelo Poder público municipal e com ampla participação da sociedade organizada”
Do ainda o ex-prefeito: “Esse combate à epidemia exige planejamento e coordenação centralizada, mas as ações devem ser descentralizadas nas comunidades”, afirma. “Por outro lado, prossegue a nota, o Comitê facilitará a formação de consensos que é essencial para a eficácia das ações. Estamos experimentando um enfrentamento que se assemelha a uma verdadeira guerra”.
A nota prossegue afirmando que “ações isoladas e dispersas, ainda que generosas, podem passar a impressão podem passar a impressão de que alfo suficiente está sendo feito, mas isso é uma ilusão. Numa guerra precisamos de um exército regular que tenha à sua disposição não apenas boa vontade e o espírito de luta, mas os instrumentos táticos e estratégicos à disposição”.
E conclui informando que “o poder público está fazendo a sua parte e ele pode muito, mas não pode tudo tudo. A participação e o engajamento da sociedade são cruciais.”
Por seu lado, também através da internet, o ex-prefeito Gabriel Ferrato num artigo postado em 25 de março, intitulado “Saúde, economias e corona vírus”, defende que “deve ficar claro que teremos recessão econômica, como em todos os países aumentara o desemprego. Uma política causada para enfrentar essa situação seria o governo preparar um conjunto de investimentos que gerasse empregos, mesmo que tenha que emitir dinheiro para fazer esses gastos.”
Aconselha que o Congresso Nacional atue com urgência no enfrentamento da questão da saúde pública e seus desdobramentos na economia.
A última vez que a cidade de Piracicaba conseguiu reunir, numa mesmo evento, cinco ex-prefeitos, foi na noite de segunda-feira, 15 de agosto de 1994, no salão nobre da Unimep, quando participaram de um seminário intitulado “O Jornal de Piracicaba e as eleições municipais!, coordenado pelo então diretor do Centro de Ciências Humanas da Universidade, professor Adolpho Queiroz. Na ocasião, Francisco Salgot Castillon, Adilson Maluf, Mendes Thame, José Machado e João Herrmann Neto, apoiaram e criticaram, diante da então diretora do JP, Antonietta Rosalina da Cunha Losso Pedroso, as ações de divulgação do processo eleitoral na cidade de Piracicaba, sempre reconhecendo, publicamente, o inestimável valor das ações a imprensa para as informações, debates e características próprias de um noticiário com tais características.
PROPOSTA 

Vários ex-prefeitos mantém-se em atividade hoje na cidade. Adilson Maluf continua tocando os negócios da sua construtora e imobiliária; José Borghesi tem sido visto com frequência nos cafés da cidade, conversando com amigos sobre as eleições de 2020; José Machado volta à tona, também em auxilio às ações do seu partido. E, de casa, Gabriel Ferrato continua produzindo seus artigos de natureza política. Mendes Thame, mesmo afastado por doença temporariamente da vida pública, certamente não se furtará, dentro dos suas possibilidades, a colaborar com o debate. A proposta está na mesa – ou nas redes sociais. O prefeito Barjas Negri (PSDB) tem uma grande chance de mostrar-se aberto ao diálogo neste momento.

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