A CNA (Companhia Nacional de Álcool), que tem fábrica em Piracicaba, aumentou a produção de álcool em gel 70% desde que foi confirmado o primeiro caso da Covid-19 (doença causada pelo coronavírus) no Brasil, em fevereiro. A produção do frasco de 400 gramas, que era de 120 mil /mês, deve chegar a 300 mil/dia em março. Serão mais de 8 milhões de frascos, ou 4 toneladas do produto, um aumento de 6.500%.
De acordo com o presidente da empresa, Leonardo Ferreira, a fábrica, que fica na avenida José Vicente Pedreira, no Caxambu, é responsável por 70% da produção do produto no Brasil. O álcool em gel é indicado para higienizar as mãos, além de objetos, como telefones, cadeiras, maçanetas.
Segundo recomendação do Ministério da Saúde, a proliferação do vírus também é evitada com o uso de água e sabão para lavar as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso). A demanda, segundo Ferreira, fez com que a CNA mudasse totalmente sua estratégia de produção. “Desde janeiro vimos implantando adequações, como um terceiro turno, com 24 horas de trabalho. Para isso foram contratados 100 novos colaboradores, o que gerou cerca de 50% a mais de pessoas contratadas”, explica.
Para dar conta, a empresa investiu em novo maquinário e mais duas linhas de produção.
Ferreira garante que, mesmo com o aumento da demanda, a CNA manteve os mesmos preços, sem aumento, decisão tomada em consonância com o Governo do Estado e com a Apas (Associação Paulista de Supermercados), para garantir a saúde da população.
A CNA é a maior e mais tradicional envasadora de álcool do Brasil. Presente desde 1948, foi a primeira empresa a engarrafar álcool para uso doméstico. É fabricante das marcas Coperalcool, Zulu, Zumbi e Da Ilha.