Quarentena: Bebel realiza campanha pela isenção do “básico”

A deputada Professora Bebel afirma que o Estado deve congelar preços dos produtos necessários à população – Crédito: Divulgação

A deputada estadual e presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) lança oficialmente, nesta sexta (27), campanha nas redes sociais em defesa da isenção dos serviços básicos durante a quarentena da população para evitar a proliferação da pandemia de coronavírus. A campanha será realizada a partir das 12 horas e se desdobrará em banners virtuais para perfis nas redes sociais, cards, hashtags, mas também terá materiais como faixas e grandes adesivos a serem afixados na sede central, subsedes, Casa do Professor e colônias de férias da própria Apeoesp. Nesta campanha, a Professora Bebel enfatiza que o estado deve congelar preços dos produtos necessários à população, tendo em vista os reajustes especulativos e criminosos que vem ocorrendo. Também é necessário defender e valorizar o SUS, contratando mais funcionários para o setor.
A deputada Bebel diz que a campanha é em defesa da vida, dos serviços públicos e dos direitos da classe trabalhadora. “Defenderemos com essa campanha o direito de defender a vida é defender os serviços públicos e os direitos da classe trabalhadora a todos à proteção que deve ser garantida pelo Estado a cada professor e professora, servidores públicos, toda a classe trabalhadora, nossos estudantes, a população de forma geral, sobretudo os setores mais vulneráveis, demonstrando a importância e a centralidade dos serviços públicos nesse momento em que a vida corre perigo”, diz.
Para ela, a sociedade já percebe nesse momento crítico que é com os servidores públicos que ela pode contar, apesar dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho. “O neoliberalismo em cheque Bolsonaro, Doria e os governos ultraliberais, representando empresários e banqueiros, querem que a classe trabalhadora pague pela crise. Não aceitamos! É necessário parar imediatamente o pagamento das dívidas interna e externa. É preciso taxar os lucros das grandes empresas e as grandes fortunas para financiar os necessários gastos estatais a redução dos mais altos salários dos poderes executivo, legislativo e judiciário para enfrentar essa crise. Neste sentido, é um crime e uma afronta aos trabalhadores e a toda a população brasileira o pacote de ajuda financeira que Bolsonaro pretende direcionar aos bancos, que pode chegar a R$ 1,2 trilhão de reais. O sentimento geral que cresce na população a plena rejeição a Bolsonaro e seu governo, que as pesquisas já evidenciam. Doria também, como as pesquisas também apontam, sofre enorme desgaste face a sua postura, incluindo a insistência em manter as escolas abertas durante longo tempo. O Estado tem a obrigação de defender a vida”, enfatiza.
BANQUEIROS 

“Os governos – continua a Professora Bebel –, em de vez apoiar os interesses de banqueiros e empresários, deve apoiar e proteger os mais pobres e vulneráveis. Deve promover uma política de segurança alimentar, sendo pela distribuição de cestas básicas à população, seja por meio do congelamento dos preços, que hoje são reajustados de forma especulativa e criminosa. Também reivindicamos a suspensão do pagamento de tarifas de energia, água e outras tarifas públicas para a população de mais baixa renda. Não podemos aceitar nenhum ataque aos direitos dos servidores públicos e aos demais trabalhadores, ao mesmo tempo em que defendemos a saúde e a vida de todos. Por isso, devem ser suspensas todas as atividades produtivas não essenciais, garantindo aos trabalhadores licença remunerada, sem corte de salários e com estabilidade. É preciso, ainda, assegurar a limpeza de todos os locais públicos, testes massivos para toda a população, disponibilização de material de prevenção (produtos de limpeza, álcool gel, máscaras e outros), respiradores, leitos e outras providências para combater a pandemia no estado de São Paulo e no Brasil”.
Já na rede estadual de ensino, juntamente com o fechamento total das escolas, a presidenta da Apeoesp conta que a luta é pela garantia do pagamento de salários integrais para todos os professores, sobretudo eventuais, funcionários e trabalhadores terceirizados. “Para os eventuais, devem ser pagos, no mínimo, os mesmos valores dos últimos salários. Os professores da categoria O devem ter garantia de seus empregos e de seus salários. Nas escolas, um setor atingido de forma absurda e desumana são os trabalhadores terceirizados, como o pessoal da limpeza e as merendeiras, que estão sendo demitidos. Exigimos que os contratos sejam reabertos e as demissões, canceladas. Nossa perspectiva é a de que esses serviços sejam reabsorvidos pelo Estado. Esses funcionários devem passar a ser servidores públicos como todos os demais. Suspensão de aulas não é férias”, conclui.

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