Apeoesp: entidade pede suspensão das aulas, já!

Bebel informou que a Apeoesp está indo à Justiça para forçar a suspensão das aulas, já, e não de forma progressiva – Crédito: Divulgação

Na reunião dos Representantes de Escolas que aconteceu no sábado (14), na Subsede da Apeoesp em Piracicaba, a presidenta da entidade, deputada estadual Professora Bebel (PT), reforçou  a necessidade de suspensão, já, das aulas de todas as escolas do Estado de São Paulo,   e não de forma progressiva como propõe o governo de São Paulo. Na reunião, ainda a Apeoesp deliberou por encaminhar ofício ao prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, solicitando a suspensão das aulas nas escolas municipais. Para a líder dos professores, “é questão de saúde pública”, que no final de domingo publicou mensagem em suas redes sociais e encaminhou mensagem de texto e áudio aos professores da rede estadual de ensino  informando que a Apeoesp está ajuizando ação judicial para que as atividades docentes e discentes na rede estadual de ensino sejam suspensas de imediato e não somente na próxima sexta-feira, dia 20, como planeja o governo do Estado. O ato público da categoria, na quarta-feira, 18 de março, em São Paulo, na Praça da República, a partir das 14 horas, foi suspenso.

Bebel lembrou na reunião de Representantes de Escolas que o governador João Doria só se manifestou favorável à suspensão das aulas de forma progressiva no início da noite da última sexta-feira, dia 13 de março, “depois de encaminharmos correspondências a ele e ao secretário de Educação, Rossieli Soares, deixando claro que responsabilizaria o governo estadual no caso de qualquer estudante viesse a se adoecer pelo coronavírus”.

Bebel diz que não é à toa que está recomendando aos professores suspendam de imediato a ida às escolas, uma vez que entre as razões está a recomendação da Organização Mundial da Saúde para que se evitem aglomerações e é preciso levar em conta. “Além de tudo, que as escolas estaduais possuem salas superlotadas, nas quais, muitas vezes, a distância entre um estudante e outro é inferior a um metro. Também, o Governo do Estado não garante nas escolas sabonete, álcool gel e outros materiais necessários à higiene de estudantes, professores, funcionários e visitantes, dificultando a prevenção e facilitando o contágio. Há, também entre professores e funcionários, muitas pessoas que fazem parte do grupo de risco, pela sua idade. Razão pela qual a suspensão das aulas é fundamental”, escreveu em suas redes sociais.

Diante deste quadro, a Apeoesp recomenda, portanto, que os professores não compareçam às unidades escolares já a partir dessa segunda-feira, dia 16 de março. “Lembramos, ainda, que no caso de comparecerem, terão, ainda assim, que repor essas aulas, pois a atividade letiva só se caracteriza pela presença do estudante na sala de aula, o que não deve ocorrer em larga escala a partir desta segunda-feira. Devemos ser responsáveis conosco, com nossas famílias, com nossos estudantes, com a sociedade em geral. Cada um de nós pode ser um transmissor em potencial e precisamos deter a propagação desse vírus”, reforçou na sua postagem a presidenta da Apeoesp e deputada estadual pelo PT.

PIRACICABA

Diante de toda esta epidemia do coronavírus,  Bebel, que tem seu domicílio eleitoral em Piracicaba, diz que fez questão de que fosse encaminhado ofício ao prefeito Barjas Negri, pedindo a suspensão das aulas nas escolas municipais da cidade “uma vez que é uma questão de saúde pública e envolve toda comunidade escolar, alunos, professores e funcionários”.

NOVA CARREIRA

A deputada Professora Bebel contou ainda que “reforcei nossa posição contrária à proposta de implantação da chamada “nova carreira” para o magistério. Queremos, sim, a valorização dos professores, com evolução na carreira. A “nova carreira” extingue o plano de carreira, inclusive todas as nossas conquistas, como o quinquênio, pelo resto das nossas vidas… É preciso fazer esta discussão sobre os impactos desta proposta da “nova carreira” nas escolas e informar os nossos colegas professores. Temos que lutar para sair do piso e ter uma evolução na carreira. É vergonhoso o Estado de São Paulo, o mais rico da federação, pagar apenas o piso nacional do magistério de R$ 2.880,00 para os professores. Esse piso não pode ser parâmetro para o Estado de São Paulo. Temos que reforçar as nossas ações para impedir mais este ataque às professoras e aos professores”, enfatizou.

 

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