Quarenta e sete mil foi o número de pessoas que passaram pela Câmara de Vereadores de Piracicaba em 2019, média de 3.900 pessoas por mês envolvidas nas diversas atividades da Casa, assim como em visita aos departamentos e gabinetes de vereadores. O dado, extremamente positivo quanto à participação popular, é, agora, uma preocupação levantada por vereadores médicos, que levaram à Mesa Diretora sugestões sobre ações emergenciais para garantir a segurança da população que frequenta o Legislativo, assim como a dos servidores, diante da epidemia do coronavírus.
Já há duas semanas, por determinação do presidente Gilmar Rotta (MDB), ações internas foram executadas, como o reforço da disponibilização de álcool gel e ampliação de displays para o produto em todos os setores de acesso público e restrito, e a elaboração de peças educativas para a orientação do público sobre como se prevenir e buscar evitar a contaminação pelo vírus.
Com o crescimento exponencial da propagação do vírus, aumento do número de casos confirmados no Estado de São Paulo, o fechamento de universidades e ações de outros órgãos públicos, a Câmara de Piracicaba tomará medidas já a partir de segunda-feira (16), através da uma norma que regule como serão as atividades no período de 30 dias. “Vamos deixar a Casa preparada e acompanhar todo o desenvolvimento da situação”, disse o presidente.
Segundo o médico cardiologista Paulo Serra (CID), cada pessoa infectada transmite o vírus a outras quatro, sem mesmo perceber sintomas da contaminação. “E isso se multiplica rapidamente”, disse. Ronaldo Moschini (CID), médico ginecologista e socorrista do Samu, reiterou as preocupações, dizendo que o objetivo é colaborar com a comunidade e garantir a tranquilidade, mas que a preocupação deve ser de todos. Ary Pedroso (SD), médico gastroenterologista, reforçou as falas dos colegas, apontando hospitais que já estão se preparando para receber os possíveis casos.
Diante dos relatos e o consenso dos vereadores, Gilmar Rotta determinou os estudos, que trarão uma solução a ser informada na segunda-feira. As ideias iniciais, que serão aprofundadas, deverão reduzir a circulação de pessoas nos dois prédios da Casa e adequar a realização das reuniões ordinárias que, em média, duram quatro horas. “A maioria dos ambientes da Casa é fechada, o que pode favorecer a transmissão. Vamos definir medidas que não prejudiquem o andamento dos trabalhos legislativos e a votação dos projetos”, disse Gilmar.