A Caixa é toda sua

José Antonio Fernandes Paiva

 

Este mês, a Caixa Econômica Federal (CEF) completou 159 de serviços prestados ao Brasil. No entanto, o Governo Federal quer privatizar os principais serviços oferecidos pela CEF. Ou seja, deixar o lucro que hoje é investido em várias ações sociais para o setor privado.

A CEF atua fortemente no fomento de políticas sociais. Por exemplo, entre 2015 e 2018, as Loterias foram responsáveis pelo repasse de R$ 26,3 bilhões para áreas como Saúde, Educação, Segurança, Cultura, entre outras. De janeiro a outro de 2019, as Loterias repassaram R$ 6,4 bilhões para esse fim.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação que financia prioritariamente estudantes de cursos de graduação em todo o país. A Caixa é principal agente do FIES. A modalidade I, direcionada aos alunos que possuem renda de até 03 salários mínimos, é operada com exclusividade pela Caixa. Quase 3 milhões de estudantes participaram do Fies nos últimos 10 anos.

A Caixa assumiu o papel de Agente Operador do FGTS em 1990. Nesses 30 anos realizou sonhos e assumiu compromissos com o trabalhador. O FGTS financiou mais de 7 milhões de unidades habitacionais, tendo gerado mais de 23 milhões de empregos. Mais de R$ 1 trilhão em recursos foram sacados pelos trabalhadores. Somente uma instituição como a Caixa pode promover o maior pagamento da história.

Se a Caixa vender áreas lucrativas como as loterias, seguros e cartões, todo o povo brasileiro sai perdendo. Graças a elas os juros para financiamentos são baixos. Não podemos deixar isso acontecer. Afinal, vender as melhores áreas da CEF é piorar a vida de milhares de brasileiros.  Na realidade, o governo está desmontando a Caixa para justificar uma privatização. Queremos a Caixa totalmente pública.

 

José Antonio Fernandes Paiva, presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região

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