Luta – SindBan participa do Dia Nacional e percorre agências do Bradesco locais

Sindicato dos Bancários reforça importância de preservar as agências em Dia de Luta no Bradesco. Crédito: Divulgação

Sindicato dos Bancários intensifica ações para enfrentar reestruturação e defender empregos; objetivo é que o atendimento presencial continue nas agências do Bradesco

 

 

O Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região (SindBan) participou do Dia Nacional de Luta do Bradesco, promovendo ações nas agências de Piracicaba e das cidades que compõem a base territorial da entidade, na quarta-feira (19).

Durante a mobilização, os dirigentes Agnaldo Roncasaglia, Paschoal Verga Júnior, Cláudio Fernandes Dia, Estela Pedroso de Carvalho, Daiane Maria Medeiros de Moraes, Jaqueline Barbieri, Lucimara Cristina Colletti Giacomelli, Silvia Regina Urbano de Carvalho, Pamela Cristina Colasam Correa, Paulo Cherles Manarim, Priscilla da Silva Grandis, Ricardo Augusto Sbravatti, Valéria Merlos Ruiz, Carlos Eduardo Pissinato e Pedro Mariano Braz estiveram nas unidades conversando com bancários e reforçando a importância da união da categoria diante dos fechamentos, das metas abusivas, da intensificação do trabalho e da deterioração das condições de atendimento ao público.

O diretor do Sindban, Agnaldo Roncasaglia, destacou que manter agências abertas e garantir o atendimento presencial é essencial tanto para os trabalhadores quanto para os clientes, que precisam de suporte humanizado para resolver demandas financeiras do dia a dia.

As lideranças também enfatizaram que o diálogo constante entre funcionários e Sindicato é fundamental para proteger direitos, denunciar abusos, fortalecer o ambiente de trabalho e lutar por novas conquistas. Para o diretor Paschoal Verga Júnior, “este é um momento decisivo para preservar empregos, garantir atendimento de qualidade e impedir que a reestruturação do banco continue aprofundando as desigualdades, ainda temos muito a conquistar, estamos em busca de outras garantias e direitos”, disse Paschoal aos bancários.

Entre junho de 2024 e junho de 2025, o Bradesco intensificou sua reestruturação, marcada pelo fechamento de unidades, redução de pessoal e piora no atendimento em várias regiões. Segundo o DIEESE, o banco encerrou 1.409 estruturas em um ano (342 agências, 1.002 postos de atendimento e 127 unidades de negócio), o que representa quase 38% de todas as agências fechadas no sistema bancário brasileiro no período.

Esses fechamentos têm deixado muitos municípios sem atendimento bancário, especialmente no interior, obrigando moradores a viajar longas distâncias para serviços básicos. A ausência de agências reduz o fluxo econômico local e empurra clientes para correspondentes bancários, que operam com menos proteção trabalhista, representando precarização.

Apesar da redução estrutural, o banco mantém forte desempenho financeiro: o lucro líquido recorrente dos três primeiros trimestres de 2025 chegou a R$ 18,3 bilhões, com projeção de R$ 21,69 bilhões para o ano. Em contraste, o quadro de funcionários caiu para 82.147 em junho de 2025 (eram 88.381 em janeiro de 2023), com 2.564 demissões apenas entre janeiro de 2024 e junho de 2025, aumentando a sobrecarga e o adoecimento dos trabalhadores remanescentes.

Outro problema destacado é a digitalização acelerada, que, embora apresentada como modernização, tem excluído clientes dependentes do atendimento presencial, especialmente idosos e pessoas com baixa familiaridade tecnológica. Especialistas defendem que o digital deve ser uma alternativa, não uma imposição.

 

 

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