
A ação é contra a chamada “Estratégia para Grandes Escolas” anunciada pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas
A Apeoesp acaba de ingressar com ação no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo contra o fechamento de escolas da rede estadual de ensino. De acordo com a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), a ação é contra a chamada “Estratégia para Grandes Escolas” anunciada pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e pelo secretário estadual da Educação, Renato Feder, que não passa de uma reedição da “reorganização” escolar que já foi derrotada pelo movimento liderado pela APEOESP, há dez anos, que reuniu professores, estudantes, pais e lideranças de movimentos sociais.
Bebel diz que os estudantes e profissionais da Educação da rede estadual de ensino não precisam de divisão e fechamento de escolas e que diversos conselhos de escolas já estão se posicionando e rejeitando esta proposta. “A qualidade da Educação não será melhorada dessa forma e sim com soluções para os problemas estruturais das unidades escolares, com a redução do número de estudantes por classe, com mais respeito e valorização de seus profissionais, com aplicação correta das diretrizes curriculares nacionais, com a convocação de todos os aprovados no concurso, com a recomposição do quadro de funcionários, com o fim da plataformização, do autoritarismo, da militarização, do fechamento de classes no noturno e tantas outras providências que há tempos vimos reivindicando. Por isso, ingressamos com esta ação”, ressalta a segunda presidenta da Apeoesp.
A parlamentar destaca que esta proposta do governador Tarcísio de Freitas foi derrotada em 2015, quando o então governo também queria fechar escolas da rede estadual de ensino. No segundo semestre daquele ano, foi organizado um grande momento denominado de o “Grito Pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo”, que levou a ocupação de 220 escolas em todo o estado e a realização de uma greve da categoria por 92 dias. A pressão, que teve total apoio da Apeoesp, surtiu efeito e o governo da época desistiu de fechar escolas. “Mais uma vez, querem atacar a educação pública e não vamos aceitar. Por isso, estamos mobilizando a comunidade escolar e fomos à justiça contra mais esta barbárie do governador Tarcísio de Freitas”, completa Bebel.