A última reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde, nesta quarta-feira (29), foi marcada por intensas discussões em torno das pautas apresentadas pelos conselheiros e convidados. Entre os temas abordados, destacou-se a campanha Dezembro Vermelho, que será realizada no fim de novembro e início de dezembro, com foco na prevenção e conscientização sobre o HIV/Aids. A proposta foi apresentada por Karina Corrêa, que detalhou as ações da campanha “Fique Sabendo”, programada para acontecer até o dia 1º de dezembro, data que marca o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Em seguida, foi apresentada uma proposta voltada à habilitação do Centro de Especialidades Médicas (CESM), com o objetivo de ampliar o repasse de recursos financeiros à unidade, fortalecendo sua capacidade de atendimento à população.
O ponto mais polêmico da reunião, no entanto, envolveu a proposta de mudança do Centro de Ortopedia e Traumatologia (COT) para pronto-socorro, tema que gerou forte divergência entre os conselheiros e os profissionais da saúde. Médicos e uma enfermeira que atuam no COT se manifestaram contrários à alteração, defendendo a manutenção da estrutura atual e destacando a importância do serviço especializado prestado à comunidade.
Diante do impasse e das manifestações contrárias, o presidente do Conselho, Paulo Soares, decidiu não colocar a proposta em votação. Ele solicitou à Secretaria Municipal de Saúde o envio de mais informações e esclarecimentos sobre o estudo que fundamenta a proposta de mudança, os possíveis impactos e os benefícios esperados para a população.
Paulo Soares informou ainda que o tema será retomado em uma reunião extraordinária exclusiva, destinada a aprofundar o debate e garantir que todos os conselheiros possam deliberar com base em dados técnicos e administrativos concretos. “É necessário entender de forma clara qual foi o estudo feito, qual a importância dessa mudança e como ela realmente pode beneficiar a população”, finalizou o presidente.