A Amazônia é plural e a voz de suas populações precisa ser levada em conta, afirmou Christiane Taubira… Segundo a poeta, escritora e economista franco-guienense, não se deve tratar a floresta como um espaço vazio. Com a aproximação da COP30 em Belém, as ideias da ex-ministra da justiça da França ganham força e convidam a repensar o multilateralismo e a estrutura das instituições que moldam o mundo. Em um cenário internacional marcado por tensões crescentes e pelo enfraquecimento de instituições multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a economista propõe uma abordagem centrada na justiça social para pensar a Amazônia. As ideias da ex-ministra ganham força como um convite ao diálogo e à reimaginação das estruturas que moldam o mundo, partindo da floresta, e não apenas olhando para ela de fora… A Amazônia é plural, ou seja, uma grande entidade geográfica, fragmentada em nove histórias diferentes. A floresta não é apenas uma paisagem natural, mas um espaço de vida, cultura e história. Existem vidas nas Amazônia, cidades muito modernas, que ainda preservam tradições…fala que Taubira expressou na oitava Conferência FAPESP neste mês, com o tema “A Amazonia Contemporânea e os desafios da justiça Social”.
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Jose F. Höfling, biólogo e professor universitário