Quando o inesperado bate à porta

 

Ricardo e Marina formavam o tipo de casal que inspirava admiração. Jovens, inteligentes, trabalhadores, bem-sucedidos. Tinham dois filhos, uma casa aconchegante em um bairro tranquilo, e um futuro promissor pela frente. Ricardo era sócio de uma pequena empresa de tecnologia que crescia rapidamente. Marina, dentista renomada, havia acabado de expandir seu consultório, fazia tudo com muito capricho e dava atenção para os pequenos detalhes. As viagens de fim de ano, os almoços de domingo em família e o som das risadas das crianças pareciam compor o retrato perfeito da prosperidade.

Mas, como acontece com muitos casais, o sucesso trouxe também uma falsa sensação de segurança. As conversas sobre dinheiro limitavam-se às conquistas do momento. As conquistas focavam sempre o curto prazo como o novo carro, a reforma da casa, a próxima viagem. Planejamento financeiro de longo prazo? Seguro de vida? Previdência? “Ah, isso é pra quem tem muito dinheiro e grandes patrimônios”, diziam.

Até que, em uma manhã qualquer, o telefone tocou. Ricardo havia sofrido um acidente voltando de uma reunião. Marina se lembra até hoje da sensação de ficar “sem chão”, do silêncio que tomou conta da casa, e do olhar dos filhos, que não compreendiam o que estava acontecendo. Foi uma verdadeira tragédia!

Ricardo sobreviveu, mas precisou de meses de reabilitação e muitos cuidados médicos. Nesse período, a renda da família despencou, as contas se acumularam, a empresa que era um sucesso quebrou e agravou ainda mais a situação e o que parecia distante se tornou urgente: “E se ele não pudesse mais trabalhar? E se algo pior acontecesse?”. Pela primeira vez, Marina encarou a realidade de que o destino não avisa, ele simplesmente chega.

Foi então que o casal buscou ajuda. Descobriram que proteger o patrimônio e a renda não é algo reservado aos milionários, mas um gesto de responsabilidade e amor. Criaram um plano de sucessão simples, contrataram seguros que garantiriam a estabilidade da família em qualquer cenário, e reorganizaram suas finanças a duras penas com propósito.

Hoje, recuperados e mais conscientes, Ricardo e Marina compartilham o que aprenderam que prosperar é importante, mas proteger o que se constrói é essencial.

Porque, no fim das contas, o verdadeiro patrimônio de uma família não está apenas nos bens que ela acumula, mas na tranquilidade de saber que, aconteça o que acontecer, os sonhos de quem você ama continuarão seguros.

 

Cláudio Siqueira Junior, especialista em gestão de riscos e planejamento patrimonial sucessório.

[email protected]

19 98223-2300

 

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