Jogos de computador que marcaram a geração dos anos 1990

Os anos 1990 e o começo dos anos 2000 representaram uma época singular para quem teve acesso a computadores. Naquele período, quem conseguia sentar na frente de um PC descobria um universo de entretenimento através dos jogos pré-instalados, que hoje são considerados clássicos.

Jogos como Campo Minado, Paciência, Snake e Pinball são alguns exemplos de jogos que marcaram uma geração e continuam sendo procurados por quem jogou pela primeira vez há mais de 30 anos.

Foto de Szymonek Pograniczny na Unsplash

Campo Minado: o jogo de estratégia que nos deixa tensos

O Campo Minado chegou ao Windows 3.1 em 1992 e rapidamente se tornou obsessão nos laboratórios de informática. A premissa era simples: um tabuleiro quadriculado escondia bombas e você precisava revelar todas as casas seguras usando apenas números como pistas.

Cada número mostrava quantas minas existiam nas casas adjacentes. Assim, você começava com um clique arriscado e depois usava dedução pura para mapear onde estavam os perigos. A tensão aumentava conforme o tabuleiro se revelava e as opções diminuíam.

Embora os gráficos fossem rudimentares, o sucesso era real. Até funcionários usavam o jogo como válvula de escape entre uma tarefa e outra. O curioso é que, se antes o Campo Minado só podia ser jogado no computador e poucos tinham acesso, mesmo assim, ele influenciou uma geração de jogos décadas após o seu lançamento.

No mesmo estilo, o jogo Batalha Naval requer estratégia para tentar afundar navios inimigos que se posicionam do outro lado do tabuleiro com o mesmo objetivo.

Outro jogo é o Mines Aposta, que pode ser encontrado em plataformas online. Apresenta uma mecânica baseada em grade, mas com um enfoque distinto, pois é totalmente guiado pela sorte. A grade conta com cinco colunas e cinco linhas, e cada célula pode revelar um avanço para a próxima rodada ou uma mina que encerra a jogada.

Paciência: o jogo de cartas mais famoso do mundo

Se alguém abria o Windows 95 e não sabia o que fazer, inevitavelmente clicava na Paciência. A versão da Microsoft para o Klondike Solitaire que se tornou “sinônimo” de procrastinação corporativa durante toda a década seguinte

O objetivo era organizar as cartas por naipe e sequência, movendo pilhas entre sete colunas. Parecia fácil até você perceber que cada movimento errado travava o jogo. Então, recomeçava e tentava outra estratégia.

A satisfação de vencer vinha com aquele momento mágico: as cartas saltavam e se organizavam sozinhas na tela. Competições informais surgiam nos escritórios para ver quem completava o jogo no menor tempo.

O mais curioso é que o jogo foi criado por acaso e o objetivo da Microsoft com o lançamento era ensinar milhões de pessoas a usar o mouse, já que o jogo exigia cliques precisos e movimentos de arrastar.

Foto de P. L. na Unsplash

Snake e outros clássicos que completavam a era

Embora Snake tenha dominado os celulares Nokia no final dos anos 1990, merece menção pela mesma fórmula: simplicidade cativante. As pessoas controlavam uma cobra que crescia ao comer pontos e não podia bater nas bordas ou no próprio corpo senão era game over.

O Windows tinha ainda o Pinball, que simulava fliperamas com física surpreendente para a época. Teclar com rapidez tentando manter a bolinha em jogo virou ritual para muitos usuários.

Todos esses jogos compartilhavam características: regras que podiam ser aprendidas em segundos, partidas rápidas e dificuldade crescente. A nostalgia por esses jogos persiste porque representam momentos históricos específicos que milhares de brasileiros viveram. Você não baixava atualizações nem comprava expansões, o que vinha no sistema era o suficiente.

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