Dia dos Professores, os pilares que  transformam o processo educativo

Paula Furtado

 

Em 15 de outubro comemora-se o Dia dos Professores. Para a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado, o dia é uma oportunidade de homenagear e refletir sobre o significado desta profissão no Brasil.

“Festejar o professor é celebrar o coração da educação, aquele que planta as sementes do futuro. Essa data nos lembra da urgência de reconhecer o papel essencial do educador na construção de uma sociedade mais justa, humana e consciente”, afirma.

Diante de um cenário educacional em constante transformação, a psicopedagoga destaca os maiores desafios enfrentados pelos docentes atualmente: a indisciplina, a desmotivação dos alunos, a falta de recursos e, muitas vezes, o acúmulo de funções que extrapolam o ato de ensinar. “A pressão emocional e o pouco reconhecimento, inclusive financeiro, tornam a profissão ainda mais complexa e acentuam a necessidade de garantir condições adequadas de trabalho e valorização desses profissionais”, ressalta Paula.

Nos últimos anos, a maior mudança no ensino foi a entrada massiva da tecnologia. No entanto, a experiência da pandemia de Covid-19 evidenciou que nada substitui o olhar humano. “Precisamos de inovação, sim, mas também de vínculos afetivos para que a educação realmente faça sentido”, argumenta a profissional em educação.

Em meio às análises desta ocasião, Paula diz que cuidar do educador e investir em sua formação continuada são fundamentais. “Políticas de apoio psicopedagógico e psicológico ajudam a prevenir o adoecimento, fortalecem a autoestima e permitem que o professor esteja inteiro para ensinar. Manter-se atualizado garante acesso a novas metodologias e cria um espaço de troca e renovação entre eles”, pontua.

Cooperação

Ainda segundo Paula, que também é arteterapeuta e tem uma carreira dedicada à infância, à formação de professores e à inclusão, a educação é um elo que se sustenta na colaboração.

E para o sucesso do aprendizado, é fundamental que pais e professores caminhem juntos, alinhem expectativas, acompanhem o desenvolvimento e fortaleçam a criança. “Valores e limites começam no lar. O professor pode reforçar, orientar e dialogar, mas não substituir a família. É importante deixar essa diferença bem definida para que haja parceria e não sobrecarga, pois é só assim que a criança cresce com referências claras e coerentes”, avalia Paula.

“Que no próximo dia 15, os professores se reconectem com o motivo que os levou a escolher essa profissão, onde cada palavra, gesto e ensinamento deixam marcas para sempre. Relembrem os olhares dos alunos, comemorem as conquistas diárias e, principalmente, nunca percam o brilho de acreditar no poder transformador da educação”.

_______________________

 

 

 

Paula Furtado, pedagoga, formada pela PUC-SP, com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia (Facon-SP), Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima