
Proposta de desmonte está contida no Projeto de Lei Complementar 09/2025, que tramita na Alesp, e estabelece o pagamento de subsídio à categoria
Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na última terça (7), a deputada estadual Professora Bebel (PT) denunciou a proposta do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de provocar um desmonte na carreira dos servidores estaduais que são pesquisadores científicos. A proposta de desmonte, como destaca Bebel, está contida no Projeto de Lei Complementar 09/2025, que tramita na Assembleia Legislativa, e estabelece o pagamento de subsídio à categoria. “Na verdade, o que se propõe é um desmonte da carreira desses servidores, instituindo pagamento na forma de subsídio, como já foi imposto para nós, professores”, destacou em suas redes sociais.
Totalmente contrária à proposta, Bebel disse que os servidores precisam ter sua carreira respeitada e ter os seus salários valorizados, inclusive com reajustes que garantam a valorização do trabalho que desenvolvem. “Não aceitem a proposta de subsídio. Subsídio devem ser pagos a nós, que somos políticos. Vocês têm que receber salários”, disse a deputada, que também é segunda presidenta da Apeoesp e fez o mesmo enfrentamento quando o governador Tarcísio de Freitas propôs fragilizar a carreira do magistério paulista, estabelecendo o subsídio para os professores da rede estadual de ensino.
Em suas redes sociais, a parlamentar escreveu: “A luta é por todos os servidores públicos e por serviços públicos de qualidade!”
Ao apresentar este projeto de lei complementar, a deputada Professora Bebel afirma que o que pretende o governo é acabar com os reajustes de acordo com a inflação e as necessidades dos servidores e a instituição de aumento real, condicionando os reajustes salariais a avaliações, que podem ser “calibradas” para que seja aprovado o número de servidores que interessar ao governo em cada momento, colocando assim a regulação e o corte de gastos acima da qualidade dos serviços públicos. “O governador segue com sua política de estado mínimo, desmontando os serviços públicos e desvalorizando os profissionais essenciais para o funcionamento do estado e nesse caso, para o desenvolvimento da ciência e tecnologia”, critica.