Agência FAPESP – Um obstáculo considerável para a restauração florestal é o custo, o que tem suscitado discussões nos últimos anos sobre como viabilizar economicamente sua execução. Como o manejo de madeira nativa, a obtenção de créditos de carbono e o pagamento por serviços ecossistêmicos são soluções de longo prazo – sendo as duas últimas com mercado ainda incipiente. Um grupo de pesquisadores propõe a exploração de produtos florestais não madeireiros com valor agregado como opção para obter renda das áreas de recomposição florestal. Em artigo publicado na revista Ambio, o grupo liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) aponta que 59% das espécies de plantas amostradas na região do Vale do Paraíba do Sul têm algum potencial bioeconômico. “A vantagem do manejo de produtos não madeireiros é que ele se baseia na coleta de folhas, galhos, sementes e frutos, constituindo um manejo não destrutivo, mantendo a floresta de pé e podendo trazer ganhos a médio prazo, afirmam os pesquisadores do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP com o financiamento da FAPESP. O trabalho também foi apoiado por meio de dois Centros de Ciência para o Desenvolvimento, Projeto BIOTA e Estratégia Mata Atlântica, apoiados pela FAPESP. Mais esforços para a restauração da Mata Atlântica uma floresta também fundamental para a nossa sobrevivência neste planeta!
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- F. Hofling, professor universitário