
ALCKMIN SINALIZA COM MEDIDAS
PARA ATENUAR EFEITOS DO TARIFAÇO
Em audiência agendada pela deputada estadual Professora Bebel (PT) com o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que aconteceu na manhã da última quarta (20), em Brasília, uma comitiva de Piracicaba pediu a intervenção e apoio do governo federal do presidente Lula para enfrentar os efeitos do “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
AUDIÊNCIA — I
A audiência com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi “agendada” pela deputada Professora Bebel (PT), mas parece que todo mundo aproveitou a carona para aparecer em Brasília. Faltou só levar o ônibus da Monte Alegre Turismo lotado. O ministro Geraldo Alckmin recebeu a comitiva de Piracicaba e Matão. Segundo fontes, ele ficou surpreso ao descobrir que Piracicaba exporta mais para os EUA do que puxa fila de Festa do Peão.
AUDIÊNCIA — II
O “tarifaço” de Donald Trump (aquele mesmo que adora um muro e um cabelo impossível) virou assunto sério. Mas, cá entre nós, se fosse só no preço do Big Mac, ninguém ia reclamar tanto. A comitiva tinha de tudo: deputada, prefeito, empresários, sindicalista… só não levaram um violeiro para animar a reunião, com o Rio de Lágrimas…
AUDIÊNCIA — III
Dizem que, quando ouviram “Palácio dos Bandeirantes”, alguns acharam que era em São Paulo. Mas não, era Brasília mesmo. Moral da história: geografia política ainda é uma matéria complicada. Matão entrou junto na jogada porque é a segunda maior exportadora. Piracicaba e Matão, unidas contra o tarifaço. Parecia até dupla sertaneja: “Piracicaba & Matão – contra Trump e seus preços altos”.
XANDÃO — I
Alexandre de Moraes descobriu que até ministro do STF pode sofrer com cartão bloqueado. A diferença é que, no caso dele, não foi falta de saldo no fim do mês, mas a Lei Magnitsky. Já pensou a cena no caixa do mercado? “Débito ou crédito, ministro?” — “Nenhum dos dois, parece que só Pix agora.” A Mastercard apertou o botão vermelho e bloqueou o cartão do Xandão. A dúvida é: será que ele tentou passar na maquininha e apareceu na telinha: “Transação negada por motivo: Supremo demais para este mundo”?
XANDÃO — II
O Banco do Brasil já se adiantou: ofereceu um cartão Elo. O detalhe é que quase ninguém aceita Elo. Vai ser engraçado ver o ministro pedindo desconto em loja de eletrônicos: “Aceita Elo?” — “Aceito elogio, ministro, mas o cartão não.” Fontes garantem que o próximo passo pode ser lançar uma nova bandeira só para autoridades brasileiras: o cartão SupremoCard, válido apenas em Brasília e churrascarias com nota fiscal.
MISSÃO SAÚDE — I
A deputada estadual Professora Bebel chegou em Brasília com a lista de pedidos de saúde mais recheada que a lista do Papai Noel. Tinha de tudo: hemodinâmica, hemodiálise, tomógrafo… só faltou pedir também um “kit raio-X portátil para reunião de comissão”. O ministro Alexandre Padilha ouviu tudo pacientemente. Dizem que, no fim, pediu até um café duplo porque a quantidade de demandas era quase um TCC em Medicina. Reivindicar é preciso.
MISSÃO SAÚDE — II
O prefeito de Águas de São Pedro, João Victor Barbosa (PL) também aproveitou a carona e fez seu pedido: aumentar o teto de R$ 60 mil para R$ 700 mil. Foi direto ao ponto: “Se é pra pedir, vamos pedir direito!” Fontes revelam que o ministro ficou na dúvida se era uma reunião de saúde ou um leilão de equipamentos hospitalares: “Quem dá mais? Quem dá mais?” Prestígio para Bebel.
MISSÃO SAÚDE — III
No meio da conversa, alguém comentou que, com tanto pedido, Brasília vai precisar de um SUS exclusivo só para os prefeitos. A boa notícia: o diálogo com Alexandre Padilha, que já esteve algumas vezes em Piracicaba, a convite do possível candidato a deputado federal pelo PT, José Antonio Fernandes Paiva, segue constante e produtivo. A má notícia: o tomógrafo ainda não cabe na bagagem de mão da empresa de aviação Gol.
DIGNIDADES — I
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não economizou nos elogios a Geraldo Alckmin. Teve gente que achou que era discurso no Salão do Turismo, mas parecia mais apresentação no Salão do Fã-Clube do Geraldo. Segundo o ministro da Fazenda, o vice-presidente está dando “um show de dignidade”. Fontes garantem que já tem produtor querendo vender ingressos: “Alckmin Tour 2025 – Dignidade sem Fronteiras”. Correto, Haddad.
DIGNIDADES — II
O tarifaço do Trump foi chamado de “problema grave”. Alckmin, com seu jeito calmo, deve ter respondido com algo como: “Grave é o preço da coxinha no aeroporto, meu amigo.” Haddad destacou que o vice não baixa a cabeça para gritos nem desaforos. A conferir: se fosse num jogo do Corinthians, talvez o teste de resistência fosse mais complicado. Alckmin é santista.
DIGNIDADES — III
Alckmin foi quatro vezes governador de São Paulo e agora tenta ser quatro vezes herói contra tarifa. Do jeito que vai, logo vão dizer que ele tem mais reencarnações políticas do que novela espírita da Globo. E no fim, o Salão do Turismo ganhou um novo atrativo: visita guiada à ala dos discursos emocionados entre ministros.
QUAEST
Pesquisa da Quaest mostrou que o presidente Lula (PT) segue na frente em todos os cenários. Tá tão na frente que parece corrida de Fórmula 1 com safety car: os outros ainda estão aquecendo o motor. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) caiu 8 pontos atrás depois de um empate técnico. Parece aquele time que empata em casa e, no jogo de volta, toma goleada fora.