
NA FIESP
O senador e deputado ítalo-brasileiro Fausto Longo (esquerda), presidente eleito da Fiesp, Paulo Skaf, e líderes empresariais do Estado de São Paulo, durante encontro especial em São Paulo, visando os planos de impulso na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Skaf tomará posse no dia de janeiro de 2026, e o ritmo será pautado pelo planejamento e amplas relações no mundo empresarial, tendo o piracicabano Fausto Guilherme Longo — que nasceu em Amparo, mas é piracicabano de coração e por adoção — dos mais destacados artistas que esta cidade conhece, em várias atuações políticas dos tempos do MDB da década de 1970, como síntese das nossas forças caipiracicabanas.
AUSÊNCIA I
Conforme já havia antecipado este velho e cansado capiau, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não compareceu às manifestações na Avenida Paulista no domingo (3), oficialmente por ter passado por um procedimento cirúrgico na tireoide.
AUSÊNCIA II
No entanto, segundo aliados próximos, a ausência teve mais motivos além da questão médica. O governador teria resistido em marcar presença por duas razões estratégicas: o impacto do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump sobre as importações brasileiras — medida que afeta diretamente a economia paulista —, e também pelas recentes sanções impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que têm elevado a tensão política no entorno bolsonarista. Tarcísio, ao que parece, prefere a cautela ao confronto aberto — pelo menos por enquanto.
PRISÃO I
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está oficialmente em prisão domiciliar. A decisão foi motivada pelo entendimento de que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares — o que, convenhamos, já virou um hábito mais recorrente que live de quinta-feira. O ex-presidente de direita, que agora troca os palanques pelas paredes de casa, é réu no processo que deve ir a julgamento em setembro, relacionado à tentativa de golpe de Estado orquestrada em 8 de janeiro de 2023.
PRISÃO II
Enquanto o julgamento não chega, Bolsonaro está proibido de dar entrevistas, usar redes sociais e receber visitas, exceto advogados ou alguém que o ministro Moraes autorize previamente. No momento, sua única certeza é a companhia da mesma cadeira onde ele gravou a live que terminou em confusão. Agora resta saber: será que a prisão domiciliar inclui jardinzinho pra caminhar? Ou ele vai ter que fazer carreata de andador dentro de casa? Só para descontrair!
VIAGEM CANCELADA I
Tarcísio de Freitas já tinha separado a roupa social, passado perfume e até comprado pão de queijo para visitar Bolsonaro em Brasília. Mas Alexandre de Moraes, em mais um capítulo do “Big Brother Brasil — Supremo Edition”, apertou o botão e gritou: “Sem visita hoje!”
VIAGEM CANCELADA II
Bolsonaro agora vive no modo “Airbnb judicial”: está em casa, mas só entra quem tiver autorização expressa do síndico — no caso, Alexandre de Moraes. Nem o governador de São Paulo escapou da portaria. Tarcísio planejava um papo olho no olho com o ex-chefe, mas agora vai ter que se contentar com aquele clássico “te ligo depois”. E torcer para o Moraes não rastrear ligação com identificador de humor político.
VIAGEM CANCELADA III
Em rede social, Tarcísio chamou a prisão de Bolsonaro de “absurda” — mas parou por aí. Evitou cutucar Moraes, que anda mais sensível do que Wi-Fi em prédio com parede grossa. Aparentemente, Bolsonaro ativou o modo avião — só recebe mensagens do advogado e, com sorte, da Netflix. O que sobrou para Tarcísio? Post indignado e torcida para o STF esquecer o mute.
POLARIZAÇÃO
O Brasil segue rachado — politicamente, é claro. Segundo pesquisa Quaest divulgada na terça (5), realizada logo após a determinação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o país continua dividido em quase metade: 53% dos brasileiros se dizem favoráveis à medida, enquanto 47% são contra. O Brasil está partido ao meio — não por falta de fita adesiva, mas por excesso de narrativas que não se encontram nem no meio do caminho. A polarização continua firme e forte, como café de padaria às 6 da manhã: amarga, quente e servida sem muita opção de escolha.
CENÁRIO — I
Com Bolsonaro de chinelo em casa, a disputa pelo espólio político virou um jogo de “quem quer ser o próximo mito?”. Tarcísio, Zema, Ratinho e Caiado estão naquela fase em que ninguém quer parecer moderado demais — senão o WhatsApp raiz cancela. A prisão domiciliar de Bolsonaro deixou uma cadeira de presidente honorário da direita livre — e os governadores já começaram a se empurrar para sentar-se. Spoiler: ela reclina, mas não tem estabilidade.
CENÁRIO — II
Zema ensaia ser o técnico; Tarcísio tenta ser o herdeiro legítimo; Ratinho quer ser o tiozão simpático com discurso firme; e Caiado, bom… Caiado tá pronto pra qualquer coisa — inclusive para virar ministro do Agro se tudo der errado. A ala mais barulhenta do bolsonarismo já ligou o termômetro: quem não soltar uma frase com “liberdade”, “Supremo” e “injustiça” na mesma semana corre o risco de virar tucano sem querer, e ultimamente não se acha muitos tucanos, a maioria deles já deixaram o ninho de só penas.
QUARTO — I
Com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil atinge uma marca curiosa — e nada honrosa: ele se torna o quarto presidente a ser preso desde a redemocratização. Antes dele, já passaram pela “experiência” os ex-presidentes Lula, Michel Temer e Fernando Collor de Mello. Único que voltou e está no poder: Lula. Isso causa inveja de muita gente.
QUARTO — II
Desde a redemocratização, sete pessoas ocuparam o cargo mais alto da República. Resultado? Quatro já passaram pela cadeia ou por medidas cautelares. É quase um placar de Copa do Mundo: 4×3 — e ainda tem gente no banco de reservas. Sempre precisa de reservas…
MALAFAIA — I
Claro que o pastor Silas Malafaia — defensor de carteirinha (e talvez até de batina, ou terno) de Jair Bolsonaro — não ia ficar calado. Afinal, ele não só abençoou (ou pediu a bênção?) o casamento com Michelle, como agora também tenta blindar o matrimônio político com o bolsonarismo. Diante da prisão domiciliar do ex-presidente, Malafaia foi às redes e, como já virou tradição, chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador de toga”.
MALAFAIA — II
Com o microfone em punho e indignação em volume máximo, Malafaia segue sendo a voz mais exaltada do bolsonarismo gospel. Faz parte do acordo?
SOLIDARIZA — I
O deputado estadual Alex Madureira (PL) usou suas redes sociais para manifestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na publicação, o parlamentar postou uma foto ao lado de Bolsonaro e afirmou que se solidariza com o ex-mandatário.
SOLIDARIZA — II
Segundo Madureira, ambos seguem “juntos na defesa da liberdade” — expressão recorrente no discurso bolsonarista. Importante é definir o que é liberdade?
SOLIDARIZA — III
O deputado também fez referência à nota oficial do PL, assinada pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, que classifica a prisão como uma tentativa de “calar uma parcela significativa da população brasileira” — em alusão aos manifestantes que foram às ruas no último domingo (3), em ato convocado em apoio ao ex-presidente. Como foi tentado com Lula na PF, em Curitiba?
SOLIDARIZA — III
A nota do PL ressaltou ainda que Bolsonaro não participou presencialmente do ato na Avenida Paulista, reforçando a narrativa de que o ex-presidente tem respeitado as decisões judiciais — mesmo que agora esteja proibido até de receber visitas, exceto com autorização expressa do Supremo.
AFILIADO — I
Enquanto reforça seu alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Renan Paes (PL) — afilhado político de Eduardo Bolsonaro — também volta suas atenções para um tema local que tem gerado indignação: o reajuste de 18,48% na tarifa de água em Piracicaba.
AFILIADO — II
Nas redes sociais, Renan declarou que está ao lado de Bolsonaro e que o Brasil “não pode ficar nas mãos de um violador dos direitos humanos” — em crítica direta ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, responsável pela ordem de prisão domiciliar do ex-presidente. O que dizem os ministros indicados por Bolsonaro ao STF?
AFILHADO — III
Ao mesmo tempo, o parlamentar piracicabano cobrou mais transparência da autarquia (leia-se Semae) responsável pelo abastecimento de água no município, comandada por Ronald Pereira, e solicitou com urgência a realização de uma audiência pública para esclarecer os motivos do aumento. Sempre é bom a transparência.

Estiveram reunidos na capital paulista na última sexta (4) o advogado Paulo Campos e seu amigo e cliente Wanderley Luxemburgo, ícone do futebol brasileiro, para tratar de projetos voltados à área de esportes e desenvolvimento regional. A reunião contou também com a presença do advogado Marcelo Cheli, que atua no Senado Federal. O encontro teve como foco o planejamento de ações sociais, iniciativas esportivas e também o cenário político para os próximos anos, especialmente considerando o pleito de 2026, que se aproxima rapidamente. Wanderley Luxemburgo, que já se destacou como técnico vitorioso em diversos clubes e na Seleção Brasileira, agora volta seu olhar para projetos com impacto social e possíveis articulações políticas. Em outras palavras, deve ser pré-candidato ao Senado Federal pelo Partido Solidariedade (SD), mas depende de estratégias a serem confirmadas.