
Depois de um bom tempo fechado a sete chaves para qual legenda iria filiar-se, o empresário Erick Gomes — presidente do Simespi — garantiu, pela foto ao lado do secretário Gilberto Kassab, que vai para o Partido Social Democrático (PSD), o mesmo partido do prefeito Helinho Zanatta (PSD). É que, em 2026, pelo jeito, Helinho quer eleger dois deputados estaduais (um deles é a reeleição de Alex Madureira, PL), mais um nome a ser definido, e, também, um ou dois deputados federais, um deles é Gomes. As nuvens continuam a tomar seus lugares, nunca definidos. Ora de um jeito de um lado, ora de outro jeito de outro lado. Já começou 2026.
TAQUARAL — I
A rede de supermercados Delta Max adquiriu por R$ 20 milhões parte da propriedade que abrigada o campus Taquaral da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). A compra de 47,3% da área ocorreu em leilão segunda-feira (5).
TAQUARAL — II
O mercado, única empresa a dar lance no leilão, afirmou que construirá uma nova unidade de grande porte no local. O Delta Max é, hoje, um dos mais destacados estabelecimentos do setor de varejo. E, por sua vez, o Campus Taquaral da Unimep está em liquidação judicial. Enquanto isso, o IEP (Instituto Educacional Piracicabano), até o segundo grau, está indo muito bem.
TAQUARAL — III
Conforme divulgação ontem, “a área leiloada tem 170,8 mil metros quadrados, inicialmente avaliados em R$ 21,6 milhões. No espaço há um galpão, prédio de vestiário e salas de aula para educação física”.
NOVA TAXA — I
A Câmara de Vereadores de Piracicaba aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 8 de 2025, que institui a cobrança de uma contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública — a chamada “taxa de iluminação”. A proposta, encaminhada pelo prefeito Helinho Zanatta (PSD), foi aprovada, apesar das diversas mobilizações populares contrárias à iniciativa do Executivo. Faz parte.
NOVA TAXA — II
Os vereadores que votaram a favor da cobrança da taxa de iluminação foram: Alessandra Bellucci (Avante), Ary Pedroso Junior (PL), Pastor Bertaia (MDB), Fábio Silva (Republicanos), Felipe Gema (Solidariedade), Gesiel de Madureira (MDB), Gustavo Pompeo (Avante), Zezinho Pereira (União), Josef Borges (PP), Paulo Henrique Paranhos (Republicanos), Pedro Kawai (PSDB), Rafael Boer (PRTB), Renan Paes (PL), Paraná (PSD) e Wagnão (PSD).
NOVA TAXA — III
Votaram contra a taxa de iluminação os vereadores: André Bandeira (PSDB), Laércio Trevisan Junior (PL), Marco Bicheiro (PSDB), Rai de Almeida (PT), Silva Morales – Mandato Coletivo (PV) e Thiago Ribeiro (PRD). O vereador Cássio Fala Pira (PL) esteve ausente na sessão, e o presidente da Câmara, Relirson Rezende (PSDB), não votou por ocupar a presidência da Casa.
CAMAROTE
O presidente do MDB local, André Augusti, acompanhou de camarote a votação em que os dois vereadores do seu partido — Pastor Bertaia e Gesiel de Madureira — apoiaram a polêmica “taxa de iluminação”. Augusti, figura conhecida no meio político, sabe bem como funcionam essas articulações nos bastidores.
FIÉIS — I
No entanto, os fiéis mais humildes e simples das igrejas que os dois vereadores frequentam — e que, no caso de um deles, são lideradas diretamente — desconhecem os verdadeiros interesses por trás desse tipo de votação. Está na hora de os senhores vereadores pastores darem explicações claras àqueles que confiaram seus votos e sua fé.
FIÉIS — II
Aliás, é preciso abrir o debate e o Programa Comentaristas poderia definir uma agenda para esse tipo de debate. Que o diretor da Educadora, Jairinho Mattos, coloque na agenda da emissora, até formando uma rede ao vivo. Que tal?
PSDB — I
Fica evidente que o PSDB local está completamente sem comando, especialmente dentro da Câmara de Vereadores. Enquanto o vereador Pedro Kawai votou a favor da controversa “taxa de iluminação”, seus colegas de partido, André Bandeira e Marco Bicheiro, posicionaram-se contra.
PSDB — II
Já o presidente da Casa, Relirson Rezende, também do PSDB, preferiu não se envolver na polêmica e usou sua prerrogativa como presidente para se abster da votação. Diante desse cenário de desunião e falta de liderança, tudo indica que o PSDB caminha para a sua decadência política no município.
WAGNÃO — I
Mesmo sem o apoio do prefeito Helinho Zanatta (PSD) para sua recondução à presidência da Câmara Municipal em janeiro deste ano, o vereador Wagnão (PSD) votou favoravelmente à polêmica “taxa de iluminação”. Como nuvens que ora se movem à esquerda, ora à direita, Wagnão demonstrou, com esse voto alinhado ao Executivo, que está, ao menos por enquanto, em sintonia com o prefeito.
WAGNÃO — II
Para este idoso e cansado Capiau, nem tanto experiente, mas um pouco conhecedor dos caminhos do labirinto político, o recado foi claro: Wagnão parece estar em paz com Zanatta — apesar das rusgas recentes. E que as nuvens continuem a definir os lados e as formas.
POPULARIDADE
É verdade que grande parte da população não acompanha de perto as questões políticas. Este exausto Capiau sabe bem que muitos nem sequer sabiam da existência do PLC que institui a taxa de iluminação. Mas uma coisa é certa: quando a conta chegar e pesar no bolso, o povo vai ficar sabendo — e vai querer entender o que aconteceu. Aí como ficará a popularidade dos vereadores que votaram a favor da criação desse novo imposto?
CONTRADITÓRIO
O vereador Renan Paes (PL), afilhado político de Eduardo Bolsonaro (PL), votou a favor da implantação da taxa de iluminação em Piracicaba. No entanto, ao mesmo tempo, criticou em suas redes sociais as medidas do ministro Fernando Haddad (PT), que aumentaram taxas para empresas chinesas. É controverso isso? Ou a cobrança municipal não pesa no bolso da população?