Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho
Desde os primeiros anos escolares, um dos principais aprendizados é sobre o ciclo natural da vida: os seres humanos nascem, crescem, reproduzem e morrem. Contudo, alguns aspectos ligados à tanatofobia — o medo excessivo da morte — exigem atenção profissional especializada, principalmente quando afetam a saúde mental.
Ainda que a morte seja um tema bastante discutido, esse tipo de fobia é frequente e influencia o desenvolvimento de diferentes quadros depressivos. Além disso, se não for adequadamente tratado, o medo da morte pode desencadear outras complicações emocionais.
Nesse contexto, vamos apontar os principais sintomas da tanatofobia e explicar quando é necessário buscar ajuda para reduzir os seus impactos sobre a qualidade de vida.
O conceito de tanatofobia é definido pelo medo extremo da morte. O termo vem do grego: “thanato” significa morte e “phobos” está relacionado a temer ou ter medo. Mesmo diante da plena consciência de que todos morrerão um dia, esse pensamento ainda é considerado desagradável para muitas pessoas.
Para quem enfrenta o dilema da tanatofobia, há uma preocupação obsessiva sobre essa ideia. O indivíduo fica assustado e se estressa com quaisquer situações que possam, eventualmente, representar risco de morte. Isso porque esse é um quadro associado ao medo iminente de morrer.
Como acontece na maioria dos casos de fobias, os episódios tanatofóbicos podem ser desencadeados por diferentes experiências da vida, sobretudo os ocorridos na infância. Crianças que perderam os pais muito cedo são mais vulneráveis ao desenvolvimento desse medo excessivo da morte, por exemplo.
No entanto, outros fatores também estão associados à tanatofobia e, dependendo do grau de manifestação, exigem a submissão aos tratamentos de fobias. Os mais comuns são os traumas físicos e os desajustes emocionais como síndrome do pânico, crises depressivas e ansiedade.
Só para finalizar… o medo exagerado da morte (Tanatofobia) leva o paciente ao sofrimento podendo causar delírios e alucinações, com psicoses e neuroses fazendo estes pacientes, por muitas vezes, procurar charlatões e seitas religiosas que não vão resolver… distúrbios psicológicos precisam de tratamento com psiquiatras e psicólogos. A boa notícia é que existem tratamentos.
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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho, médico