Em busca do Elo Perdido!

Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho

 

 

Conceito de Elo Perdido.

Desde as investigações de Charles Darwin no século XIX a maioria da comunidade científica concorda em afirmar que a seleção natural é o mecanismo que explica as transformações dos seres vivos. Em relação aos seres humanos, acredita-se que o homem atual (o homo sapiens) é o resultado de um processo evolutivo de milhares de anos.

Uma espécie de hominídeo descoberta há pouco tempo vem desafiando o entendimento da ciência sobre o que nos torna humanos. Agora, paleontólogos encontraram indícios em um sistema de cavernas na África do Sul que revelam algo surpreendente sobre o Homo naledi, primata descrito pela primeira vez em 2015.

Esse nosso ancestral de cérebro pequeno apresentava hábitos que, até então, tinham sido detectados pela primeira vez apenas nos neandertais e nos Homo sapiens.

Os autores do estudo afirmam que os achados na caverna ilustram um dos primeiros exemplos de rituais de sepultamento e oferecem as primeiras evidências de múltiplos enterros e ações funerárias. Além disso, o Homo naledi pode ter sido o primeiro grupo de hominídeos a fazer uso de simbologias – o que prova que essa capacidade não está relacionada ao tamanho do cérebro, como se pensava.

Esses dados questionam vários pressupostos-chave sobre a evolução comportamental e cognitiva em hominídeos do Pleistoceno.

Estamos olhando para um comportamento cultural que é muito humano em uma espécie que tem um cérebro com um terço do tamanho do nosso”, disse John Hawks, paleoantropólogo da Universidade de Wisconsin-Madison e coautor do estudo. “Isso contradiz a ideia de que foi o tamanho do cérebro que nos tornou humanos”

A ideia de lidar com a morte de forma ritualizada é, na verdade, uma das últimas coisas preciosas ligadas ao ser humano, disse Berger, acrescentando que o difícil acesso e a profundidade da caverna subterrânea sustenta a ideia de que o Homo naledi estava fazendo algo semelhante. “Eles não queriam seus mortos em um espaço fácil de chegar, assim como nós também não”.

Símbolos adotados por esses hominídeos têm ligação surpreendente com homem moderno.

O ato de gravar desenhos intencionais é amplamente considerado um grande passo cognitivo na evolução humana… e assim caminhamos para o conhecimento da Evolução Humana.

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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho, médico

 

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