Hoje – Horto de Tupi comemora cem anos de sua criação

Inauguração do Lago Marcelo, em 1970. CRÉDITO: Acervo-Antonio Angolini

 

O Horto de Tupi celebra seu centenário hoje, 24, em evento oficial, a partir das 8h30, na estação experimental, realizado pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), em conjunto com o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), a Fundação Florestal (FF) e a Associação de Moradores do Distrito de Tupi. Além da comemoração, haverá plantio da árvore escolhida como símbolo do Horto, o pau-brasil. A programação especial, aberta à população, será encerrada com mais uma edição da Caminhada Histórica, que acontece no dia 28/01.

A história do Horto tem início em meados de 1920, quando a estação ferroviária chegou ao bairro de Tupi. Antonio Carlos Angolini, historiador do bairro, conta que por esforços do italiano José Basso, então administrador da fazenda Morro Grande, onde hoje é o Horto, percebendo a importância da ferrovia e de uma estação, passa a trabalhar com as autoridades. “Depois de muitas conversas, ficou acertado que se fosse conseguida uma área para fazer uma estação experimental de algodão em Piracicaba, a estação ferroviária seria construída. José Basso consegue, então, com um banqueiro de Campinas, que era o dono da fazenda Morro Grande, a doação. Não se sabe exatamente se ele doou tudo, se a Prefeitura comprou uma parte, mas uma grande parte da fazenda Morro Grande foi, de fato, doada para a construção de uma estação experimental. E a escritura pública acontece justamente no dia 24 de janeiro de 1923, oficializando a doação e o início do Horto”, conta o historiador. “É uma história que caminha junto. O distrito de Tupi existe porque criou-se o Horto. O Horto existe porque é inaugurada a estação de Tupi”, acrescenta.

A criação, então, do Horto de Tupi, foi oficializada pelo Governo Federal como uma estação de policultura. Em 1933, a área foi transferida para o Instituto Agronômico de Campinas e, em 1949, passou para o Serviço Florestal, que posteriormente foi denominado de Instituto Florestal e foi o responsável pela administração da área até 2020, ano em que a instituição foi extinta, sendo a gestão transferida para a Fundação Florestal e a parte de pesquisa sendo atribuída ao IPA.

Desde 2018, a parceria entre a atual Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA) e a Prefeitura de Piracicaba, é formalizada por meio de um termo de permissão de uso da área de visitação pública e a criação de um comitê gestor, que conta ainda com a participação da Esalq/USP e da comunidade local.

A Estação Experimental de Tupi desenvolve diversas pesquisas científicas e possui quatro programas de educação ambiental contínuos e permanentes: EducaTrilha na Escola, PJ Tupi: educação integral e ambiental, Bacia Caipira e Vem pro Horto.

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