30 de outubro, recomeço  da primavera no Brasil

Dorgival Henrique

 

 

Se o processo eleitoral para escolha do novo Presidente do Brasil vem sendo corrompido pelo atual candidato de extrema direita, por seus fanáticos seguidores e parcela das Forças Armadas, será preciso devolver esses criminosos à lata do lixo da História. Essa tarefa civilizatória será realizada no dia 30 de outubro de 2022, data que poderá simbolizar o recomeço da primavera em nosso país.

Assistimos perplexo à produção e divulgação de fake news, pois além de seu caráter de falseamento do que pretende informar, estão carregadas de preconceitos, ódio e intolerância.

Trata-se de difusão de mentiras ardilosas com claro objetivo de agredir pessoas, partidos e movimentos sociais, com o intuito de iludir seus receptores com os simulacros apresentados como verdadeiros.

Esse processo de desinformação pela produção de fake news carregadas de rancor e ódio, produzidas com tecnologias cada vez mais sofisticadas, confundem e interferem no processo de decisão do eleitor, obstruindo percepções, discernimentos, violentando o processo democrático de escolha de candidatos.

No Brasil, os filhos do atual Presidente da República comandam o que ficou conhecido como Gabinete do Ódio e contam com apoiadores fanáticos e engajados em suas redes sociais, divulgando fake news contra seu adversário político.

Não se trata de liberdade de expressão, mas de crimes praticados para reforçar a rejeição do projeto político que defende a Democracia, ganhar as eleições e consolidar o regime autoritário, já iniciado, submetendo o Poder Judiciário ao Poder Executivo.

Doações empresariais, charlatões religiosos debocham do Poder Judiciário, intimidam e coagem trabalhadores e ridicularizam eventuais multas praticadas pela Justiça do Trabalho.

Essa eleição está sendo corrompida, pois o TSE e o STF não foram estruturados para resistirem, em tempo hábil, a essa indústria poderosa de terrorismo eleitoral financiada por uma parcela do empresariado sem escrúpulos.

Nessa guerra, em que os fascistas precisam ganhar as eleições para avançarem o processo de destruição democrática, do controle do Congresso Nacional e do Poder Judiciário, várias batalhas são abertas, típico da guerra híbrida, pois empregam forças treinadas, na frente religiosa, cultural, moral, cibernética, midiática, informacional e econômica.

A guerra econômica foi e continua sendo realizada pelo Orçamento Secreto e pelo pacote de “bondades” eleitoreiras, cinicamente preparado pela chapa de caráter militar: Bolsonaro/Braga Netto que continua impune e praticando ilegalidades.

Apesar da trama maquiavélica colocada em prática, ninguém poderá adivinhar o que nos espera até o final de semana, quando, em tese, deverá ocorrer as eleições do segundo turno que elegerão o novo Presidente do Brasil.

Domingo, dia 23, o Brasil foi surpreendido com mais uma estratégia das forças conservadoras e fascistas: Roberto Jefferson, ex-deputado federal, reage com balas e explosivos a uma ordem de prisão, ferindo dois policiais federais.

Não podemos nos iludir e tratar esse ato terrorista de Jefferson como algo menor ou isolado, pois o clima para “restauração da ordem” foi criado, embora o tiro possa ter saído pela culatra.

Bolsonaro tentou vitimizar seu amigo criminoso culpabilizando o ministro Alexandre de Moraes que determinou o fim da prisão domiciliar de Roberto Jefferson.

Luiz Inácio Lula da Silva representa hoje as forças democráticas para enfrentar as forças obscurantistas que pairam, novamente, sobre nossa sociedade

Será preciso processar e colocar esses criminosos na cadeia.

Dia 30 de outubro reiniciaremos nossa tarefa civilizatória, dando início a uma nova primavera no Brasil.

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Dorgival Henrique, professor aposentado

 

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