História do Brasil

Jose F. Höfling

 

 

Nem a passada, nem a recente… há quem já disse que quem não conhece a sua história, tende a repetir seus erros. Com certeza é isso que está acontecendo neste país, principalmente de uns anos para cá e, agora, em época de eleições!

Esquecem que temos sido vítimas de “fake news” de forma avassaladora, desde as últimas eleições; “a veracidade do falso” é a norma, onde a população despreparada absorve tudo que é dito e falado (boas e ruins, principalmente ruins) e aprendem a repeti-la passando de um para outro… lembra muito aquela brincadeira  que fazíamos quando éramos pequenos: ficávamos em uma roda de crianças e alguém falava algo para o primeiro, este passava para o segundo e assim por diante.

Quando o último dizia o que havia sido repassado de um para outro, se ouvia as coisas mais estapafúrdias, ilógicas, absurdas, disparatadas, insensatas, e esquisitas que se podia ouvir… daí aconteciam as risadas… a coisa é mais ou menos assim…estava em  um consultório esperando a minha vez e fiz um comentário sobre a propaganda de um dos candidatos que estava sendo mostrada… alguém ao meu lado respondeu: bem, ladrão por ladrão, prefiro votar no fulano. É inacreditável o que se ouve por aí

Estava atravessando a rua de encontro ao meu carro quando ouvi alguém passando de carro dizer: “saia da rua seu comunista… vá se fo…” daí me dei conta que havia colocado um boné desses comuns de cor vermelha que minha neta havia me presenteado.

Vejam só a que ponto chegamos nesse país envenenado por convicções escusas de modo geral, me sinto como um peixe fora d’água em relação às eleições. Então, é algo a se investigar o que acontece com o cérebro humano. Acreditar em atentados, fake news, que o Brasil precisava ser consertado e melhorado em nome de “novos tempos”, principalmente em relação à corrupção, tem sido a tônica: tudo isso aconteceu de fato?

Melhorou ou piorou? Bom, é só olhar por aí e ver. É parar e pensar, não acham? Mas não adianta, estamos separados pelas convicções que temos como se morássemos em lados opostos da rua e não queremos ouvir nada que o outro tem a dizer, não importa se o outro tem razão ou não.

Tudo que aconteceu de alguns anos para cá, particularmente em relação à pandemia, que só isso já seria suficiente para justificar o que temos passado neste país, está esquecido ou não é “culpa de ninguém”. Pessoas morrem mesmo. Democracia é bobagem, não é?

O Brasil que poderia ser (um Brasil melhor) foi vitimado pelos políticos desse país, amordaçados e subornados pela velha política e interesses econômicos que privam o país de se aperfeiçoar socialmente e economicamente em prol de seu povo. E agora, José?

Esperar pelo pior, colocar nas mãos de Deus, que já devem estar escarnecidas por seus filhos? Esperar o impossível? Acreditar que ainda há esperança? Conformar-se que haverá uma repetição de tudo que temos visto nesses últimos tempos, e principalmente em nosso país, onde a insensatez está impregnada e tende a se alastrar em desfavor do bom senso, equilíbrio e ponderação em tratar desses assuntos?

Que futuro teremos? Que futuro terão nosso filhos e netos, se tudo que tem sido feito tem base na desconstrução de nossa história passada recente…que mesmo com erros tivemos avanços significativos do ponto de vista social, cultural e econômico? Como dizem por aí: “Só por Deus”…

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Jose F. Höfling, professor universitário

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