A vitória para uma vida melhor

 

José Osmir Bertazzoni

 

 

 

As eleições ainda não terminaram, mas podemos ver o resultado provocado pelo desequilíbrio de certos eleitores ao escolherem candidatos que não se prestam a representar a vontade do povo, todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, essa frase significa democracia e, a partir dela, nós podemos pensar e repensar a política.

Recentemente, em um artigo, escrevi sobre o princípio do bem-estar social expondo-o como um sentimento da nação onde as pessoas conseguem formar uma reflexão madura a respeito de qual foi o melhor momento que viveu durante sua vida em seu país?

Desta pergunta, chegaremos à conclusão do porque temos que votar com a razão e não deixarmos ser levados pela fantasia mentirosa das redes sociais e do que conhecemos como Fake News.

Vamos analisar o resultado desta teoria do bem-estar social no primeiro turno das nossas eleições e melhorarmos a reflexão, para sentirmos segurança na hora do voto:

Vejamos que muitos eleitores já perceberam a diferença entre a vida que se vivia durante o Governo Lula e as piruetas da família das rachadinhas de Bolsonaro. No primeiro turno das eleições, o Partido dos Trabalhadores de Lula ampliou de 54 para 80 deputados federais que ocuparão cadeiras no Congresso Nacional. Lembramos também dos partidos populares (que significa do povo pobre, simples e bem formado intelectualmente), como o PSOL, que elegeu a maior bancada da sua história, com 14 deputados federais. Interessante saber que Fabio Felix, do PSOL, foi o mais votado para a câmara legislativa do DF.

Na Extrema Direita, somente em São Paulo não se elegeram alguns grandes expoentes: Joice Hasselman; Janaína Pascoal; Cel. Telhada; Fernando Holiday; Sérgio Camargo; Douglas Garcia; Nise Yamaguchi Adriles; Eduardo Cunha; Felipe Folgosi; Cristiana Brasil etc., porque não apresentaram nenhum projeto digno que ajudasse no desenvolvimento nacional e foram todos a favor de Bolsonaro e contra a vacinação da Covid-19, que, retardadamente aplicada, ocasionou mais de 800 mil mortes, dentre as quais, se a vacinação ocorresse no prazo possível, 600 mil vidas seriam poupadas.

O oportunismo político de um irmão de Michele Bolsonaro foi derrotado nas urnas no Distrito Federal.

O chefe das milícias e “segurança” dos bolsonaros, Fabrício Queiroz, teve uma derrota histórica no Estado do Rio de Janeiro, e nós aqui em São Paulo queremos eleger seu “sócio” como governador do nosso Estado? Tarcísio de Freitas, do Republicanos, bolsonarista, carioca, nunca viveu em São Paulo, sequer sabia em que escola votava, pois nunca participou da vida dos paulistas, agora nós vamos sucumbir em votar em um estranho que não conhece nosso estado e nem nosso povo?

Se vocês quiserem sentir como a verdade vem sendo reparada e como o povo está pensando, veja que Guilherme Boulos teve mais de um milhão de votos em São Paulo e agora vai ocupar em Brasília uma cadeira como Deputado Federal.

Nós não estamos jogando um jogo em que as camisas de futebol são as marcas das nossas escolhas, estamos jogando o jogo da vida, que, de maneira idêntica à atuação maligna deste governo bolsonarista, responsável por ceifar 800 mil vidas por negligência e desrespeito às famílias brasileiras, com insinuações e ofensas constantes, jogar errado é jogar contra nossos próprios filhos, filhas, mães, pais, avós, tios e tias, primos e primas e contra nossos amigos e nossa família.

Hoje a Frente Ampla Popular (do povo brasileiro) está com seis milhões de votos na frente para Presidente. Seis milhões!

Logo, temos que fazer um esforço, ousar lutar, vencer, montar um projeto para nós e para nossas próximas gerações, buscando que vivam com dignidade, respeito, direitos e liberdade. Temos que extinguir o racismo estrutural e devolver ao povo negro o que lhes foi tirado outrora, de escravos por 350 anos, aos abandonos mesmo após o fim da escravidão, sendo-lhes negadas as oportunidades para uma vida mais digna com participação ativa e igualitária nos Poderes da União, Estados e Municípios.

Temos que devolver às mulheres o direto de igualdade aos homens, com salários iguais e respeito para que possam mostrar sua força e garra na política e em cargos públicos de alto escalão.

Lula e Haddad são nossas esperanças de mudanças nas relações entre o povo e o poder, não podemos viver sobre a chibata dos mandatários improdutivos que exploram nosso trabalho e sangram nossas chances de uma vida melhor.

Nós sonhamos com um país melhor para todos, mas para isso temos que agir para transformar nossas esperanças em realidade. Vamos lutar sempre.

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José Osmir Bertazzoni, jornalista, advogado.

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