“Que país é esse?”! Um manifesto à vista e avista

Rui Cassavia Filho

 

Dizia o poeta Renato: “Nas favelas, no senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a constituição Mas todos acreditam no futuro da nação…

…Que país é esse?…

…Terceiro mundo se for Piada no exterior Mas o Brasil vai ficar rico Vamos faturar um milhão Quando vendermos todas as almas Dos nossos índios num leilão”

Antes, Pedro uniu o Brasil num território mais de  8 milhões de m², e hoje, Messias, o Presidente, divide entre duas classes ou cores, vermelhos, os pobres, e amarelos, os ricos.

As cores se justificam. Os vermelhos, “que dão o sangue”, que lutam para a sobrevivência fugindo da fome, da miséria, perdendo saúde, felicidade e ganhando poucos anos de vida perdida na esperança da vida.

Os amarelos, cheios de riqueza, aglutinam ouro por debaixo das orações socializadas nas bíblias sagradas, e, impõem aos incrédulos das suas seitas a escravidão capitalista discursando versos de versículos pronunciados por falsos profetas.

Que país é esse?!  Pergunto, e talvez, somente talvez, como disse a poetinha Vinícius:

“A minha pátria é como se não fosse, é íntima Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi: Não sei. De fato, não sei  Como, por que e quando a minha pátria Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água Que elaboram e liquefazem a minha mágoa Em longas lágrimas amargas.”

E ao tecer a minha história lembro-me da presença de três militares, na sala de aula de Cálculo, que assistiam de olhos atentos o linguajar e ações daqueles estudantes, os alunos de longos cabelos e as alunas de “jeans” insatisfeitos de não poderem pensar ou se manifestarem com suas personalidades atrevidas e de modernas atitudes “hippies”.

A prisão era livre, onde ao agir ou pensar diferente fazia das pessoas à margem da “pátria minha”, da instituição “verde amarela” de farda engravatada e de arma em punho.

As rígidas regras sociais não se comunicavam com um povo alegre, despido de ódio mas vestido de alegria e de vida, propostos em cantos pela liberdade de vida.

Lembro-me que era proibido falar ou ler Marx&Engls que ilustravam à muito “O Capitalismo”, aquele científico, que denunciava a “luta de classes”, aqui apresentada pelo “Messias” entre “vermelhos” e pelos “amarelos”, onde a “mais valia” , o seu sangue derramado pelo seu trabalho, que é fruto da árvore plantada pelos “amarelos” e guardado a sete chaves em suas “burras”,

As barras de ouro escondidas na “Bíblia Sagrada” sangra a “pátria minha” minada pelo “derrame” dos verdes da mata que protege o mundo da isanidade daquele que permite matar, sem olhar, à vista, de primeira mão.

Que país é esse?!! Pergunto mais uma vez , no que vejo, sinto e anoto na república de “um resfriadinho” , onde o povo morreu e ainda morre, pelo desprezo do “Messias” , o presidente despreparado e desconhecedor da profecia do “Apocalipse” que traduz a imagem do falso profeta entre nós.

Mas lhes direi, no entanto,

“Mais do que a mais garrida a minha pátria tem Uma quentura, um querer bem, um bem Um libertas quae sera tamen Que um dia traduzi num exame escrito: “Liberta que serás também” E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa Que brinca em teus cabelos e te alisa Pátria minha, e perfuma o teu chão… Que vontade me vem de adormecer-me Entre teus doces montes, pátria minha Atento à fome em tuas entranhas E ao batuque em teu coração. Não te direi o nome, pátria minha Teu nome é pátria amada, é patriazinha Não rima com mãe gentil Vives em mim como uma filha, que és Uma ilha de ternura: a Ilha Brasil, talvez.”

E, então, me ponho à punho cerrado e erguido, conclamando a que nossa pátria, a minha pátria, seja coberta se sabedoria, de luta, de glórias, que encham nossos corações de esperança de vida, da verdadeira liberdade vestida de felicidade, de alegria, de vida.

E, lembrando Vandré, “Nas escolas, nas ruas, campos, construções Somos todos soldados, armados ou não Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais, braços dados ou não Os amores na mente, as flores no chão A certeza na frente, a história na mão Caminhando e cantando e seguindo a canção Aprendendo e ensinando uma nova lição”

Mãos à obra!!! Vamos reconstruir o Brasil!!!

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Rui Cassavia Filho, Gestor da Propriedade Imobiliária

 

 

 

 

 

 

 

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