Democracia sem ódio

 

Jose F. Höfling

 

 

Abra-te boca… um direito que lhe é outorgado pela Constituição. Estamos nos aproximando de mais uma eleição neste País e os ânimos, claro, começam a ficar alterados, todo mundo muito sensível, ou seja, nervos a flor da pele.

As preferências se acirram, tanto de um lado como de outro: direita, esquerda, centro etc, cada um defendendo o seu candidato em função de suas ideias independente de suas origens e de onde se absorveu os conteúdosque servem como embasamento dessas preferências.

Uma coisa é certa… sem conhecer a “história de vida” de um indivíduo, fica claro a inconsistência de qualquer julgamento que se possa fazer sobre o mesmo, principalmente em época de eleições! Democracia significa um governo em que o povo exerce a sua soberania, portanto, um sistema político em que os cidadãos elegem seus dirigentes por meio de eleições periódicas… A palavra “ódio” também chamado de execração, raiva, rancor e ira, é um sentimento intenso de raiva e aversão. Traduz-se na forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, trucidar ou destruir o seu objetivo.

Uma coisa é certa: podemos até possuir esse tipo de sentimento, mas não devemos permitir que ele interfira em nossa racionalidade tão desejada num momento tão crucial para a nossa sociedade brasileira, e tão importante para um momento político de extrema incerteza, condições sociais e econômicas combalidas por descaso ou incompetência, falta de empregos, aumento excessivo de bens de consumo, descaso em relação à Educação e Saúde, etc. Portanto, poucas esperanças de dias melhoresa médio e longo prazo.

Outra coisa é certa: para quem a Democracia é fundamental como regime político, urge nos posicionarmos em defesa do Estado Democrático de Direito, a atual conjuntura exige, portanto, um posicionamento claro e inequívoco em defesa da democracia.

Descuidos, neste momento, poderão nos arrebatar para dias de insegurança, incertezas sociais e econômicas, descaso ao meio ambiente e seres humanos, aversões às leis vigentes e sistemas que nos protegem como o Judiciário, Legislativo e Executivo, pilares de uma sociedade democrática de direito.

Portanto, estás no direito de sua escolha nesta conjuntura de eleições, o que não podes é persistir no leva e traz, “fakenews”, (inconsistências da suposta verdade), aversão imposta pelo estado atual político sobre a veracidade e segurança das eleições eletrônicas — que inclusive foi responsável pela escolha do atual presidente — méritos políticos que não existiram e falta de reais informações sobre os candidatos com base em leituras inapropriadas e de origem escusa. Há mais coisas entre o céu e a Terra do que nossa vã filosofia…

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Jose F. Höfling, professor universitário

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