Ajude, antes de morrer!

José Renato Nalini

 

Os gases venenosos causadores do efeito-estufa têm potencial para acaba com toda forma de vida neste frágil planeta chamado Terra. A primeira e mais vulnerável delas é a humana. Por isso o clamor da ciência, que não provoca reação compatível com a gravidade da situação, numa sociedade impregnada de cupidez e de ignorância.

Uma das fórmulas encontradas pelo capital para mitigar o remorso de quem sabe estar colaborando efetivamente para o fim do mundo, é a estratégia de vender créditos de carbono. É claro que ninguém se recusaria a dispender pequena quantia em dinheiro para continuar a fazer o que sempre fez, agora liberado de qualquer culpa.

Ocorre que é lícito indagar se a compensação de carbono funciona de fato ou é apenas um paliativo. Os créditos climáticos, outro nome para a mesma coisa, existem. Ou seja, como os humanos produzem dezenas de bilhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases a cada ano, é possível remover ou sequestrar carbono da atmosfera.

A melhor forma é plantar árvores. E isso, todos podem fazer. Quem não pode fazer pessoalmente, pode colaborar para que entidades voltadas à ecologia o façam em seu nome.

Porque grande parte dessas promessas de redução cem por cento do carbono emitido é falaciosa. O correto é repor as defecções arbóreas que são a triste e miserável realidade brasileira. Causa imenso repúdio verificar que a destruição da Amazônia se acelerou, diante da possível restauração das estruturas desmanchadas de proteção ambiental a partir de 2023. Ainda falta meio ano de 2022 e estragos irreparáveis continuarão a ser perpetrados pela delinquência organizada, pelos exterminadores do futuro, pelos inimigos da natureza e da vida.

Por isso, antes que tudo acabe, procure plantar árvores ou ajudar quem o faça. É o mínimo que um ser pensante alinhado ao bem pode fazer por esta humanidade que não aprende que é apenas uma parcela de um ciclo vital, e nem é a mais importante.

Plantar árvores: a única e derradeira esperança de salvação da vida.

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José Renato Nalini, reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uninove, presidente da Academia Paulista de Letras (APL); foi presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

 

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