ONG CAPHIV enfatiza a importância do uso de gel lubrificante para a saúde da população

Segundo a matéria escrita pelo jornalista Hugo Marques e vinculada na Revista Veja em 4 de março de 2020, o Ministério da Saúde de Jair Bolsonaro gastou R$ 4,8 milhões de reais na compra de “gel lubrificante íntimo incolor.” A matéria, ainda, acrescenta que os lubrificantes serão distribuídos para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

Ocorre que a informação divulgada pela respeitada revista necessita de informações complementares: a compra, distribuição e o uso de gel lubrificante por gestores públicos aplica-se também a saúde íntima das mulheres e é parte essencial para a realização de alguns exames.

Vamos aos fatos: quando as mulheres envelhecem, a vagina pode perder naturalmente sua lubrificação e elasticidade. Fatores hormonais associados a pós-gestação ou menopausa, tratamentos contra o câncer e algumas cirurgias também são alguns dos agentes que podem promover atrofia e secura vaginal (quando as paredes vaginais ficam mais finas e menos elásticas).

Os desconfortos são diários e também impossibilitam que as mulheres tenham relações sexuais confortáveis.

Exames

É fundamental relembrarmos a todos os piracicabanos e a todas as piracicabanas que os géis lubrificantes também são comprados pelos gestores públicos para a lubrificação em exames endocavitários, como ultrassom transvaginal e transretal, colposcopia, colonoscopia e papanicolau.

Prevenção de IST´s

O uso de géis lubrificantes também é fundamental na prevenção ao vírus HIV  e na prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST´s, por isso que os governos federais, estaduais e municipais compram este insumo.

O enfrentamento a pandemia de HIV requer estratégias de prevenção combinada e este insumo é um dos complementos importantes para a eficácia da prevenção contra o vírus.De acordo com o Ministério da Saúde, a prevenção combinada abrange o uso da camisinha externa (masculina) ou interna (feminina), gel lubrificante, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (IST), testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV (PrEP e PEP, respectivamente), imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral (TARV) para todas as Pessoas Vivendo com HIV/Aids e redução de danos.

O objetivo do governo é tornar as relações sexuais mais seguras e atuar com foco na prevenção, já que os custos de tratamentos médicos para cada paciente são muito maiores e impactantes no Sistema Único de Saúde – SUS. Dados oficiais do Governo Federal relatam que cerca de 630.000 pessoas, entre 15 e 49 anos, vivam com aids em nosso país.

Atuação das Organizações não-governamentais

A atuação das organizações não-governamentais é fundamental neste cenário de prevenção à doenças e infecções, já que desenvolvem programas específicos, são os casos dos projetos “Prevenção na Quebrada” e “Não Viralize a Ignorância, Conheça”.

Realizados em Piracicaba desde 2019 pela ONG CAPHIV – Centro de Apoio aos Portadores de HIV/AIDS e Hepatites Virais.

Os projetos atuam diretamente com a população em situação de rua – PSR, e com jovens nas escolas e comunidades. Orientando sobre a importância da prevenção e promoção da saúde, trabalhando com a redução de danos de álcool e outras drogas, realizam testagens rápidas de hepatites, sífilis e HIV e em alguns casos também são feitos encaminhamentos para os serviços de saúde. Os projetos também oferecem apoio para profissionais do sexo, com orientações, informações e distribuição de insumos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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