Ação Cultural em movimento

Adolpho Queiroz

Tivemos uma experiência político administrativa esta semana com as várias equipes de apoio que compõem o time da Ação Cultural. Pela primeira vez, pelo que me disseram os mais antigos funcionários, o mais velho deles, o Gilmar Godoy, com mais de 40 anos de casa, os funcionários de todas as unidades que compõem o complexo da nossa secretaria estiveram reunidos numa sala, respeitados os protocolos de saúde, para ouvirem uma proposta de alinhamento de trabalho para os nossos próximos quatro anos.
A Ação Cultural hoje, além do complexo do Engenho Central, está espalhada por outros cantos da cidade como no bairro da Paulista, onde mantemos um centro cultural e cuidamos da Estação da Paulista. Nos bairros do 1º. de Maio, Santa Teresinha e Mario Dedini, onde mantemos também nossos centros culturais; no Parque Orlanda e Vila Industrial, onde mantemos duas bibliotecas; e na região central onde localizam-se a Pinacoteca, Biblioteca, o Museu Prudente de Moraes e o teatro Losso Neto.
Os cerca de 70 funcionários da pasta, efetivos ou comissionados, ouviram atentos as novas demandas e projetos que pretendemos construir nos próximos quatro anos. Entre eles, o desafiador Engenho da Cultura, que procurará preencher de vida o nosso Engenho Central, com atividades variadas de museus, espaços para todas as artes e esportes, já que agora passamos a conviver também com os parceiros e amigos da Selam além da ocupação de espaços para áreas gastronômicas.
Mostrei, a partir de um slide construído, como devem ficar a rua do Porto, na extensão que vai da Avenida Renato Wagner ao Centro de Lazer do Trabalhador e, na outra margem, do elevador do Mirante, passando pelo Engenho e terminando próximo da avenida Presidente Kenedy.
O desafio terá como alicerce o Plano Municipal de Cultura, construído a muitas mãos, e que nos dá diretrizes para ação na região central e também indicativos para ações nos 234 bairros da cidade, onde mantemos centros culturais, bibliotecas e podemos fazer ações em parceria com 30 varejões e 23 centros comunitários, entre outras, no projeto que estamos denominando Cultura nas Ruas, em substituição ao modelo anterior denominado Movimentação Cultural.
Depois das minhas considerações, tomamos um breve café com todos e voltamos ao teatro Erotides para uma rodada complementar de informações sobre o funcionamento do nosso Núcleo de apoio Administrativo, o NAA, sob a liderança agora da funcionária pública Dayane Bortoleto, que ao lado de sua equipe, nos apresentou o intrincado caminho por onde passam as ideias que se transformam em ações, a partir de chamamentos públicos, licitações, contratos, pagamentos, enfim, um modelo de ação também controlado por muitas mãos dentro da estrutura atual da Prefeitura de Piracicaba.
Ouvimos também breves relatos, com nomes e condições de trabalho de cada um dos participantes no evento, que a meu juízo, mesmo que realizado de forma pioneira, foi um instrumento importante de conhecimento e motivação aos nossos funcionários para que possamos juntos, assim que as condições de saúde na cidade e no Estado nos possam permitir um trabalho mais próximo dos fazedores de cultura e do público, ambos ansiosos para se reencontrarem para além das fronteiras digitais, por onde tem escoado atualmente nossa produção cultural.
E que os novos tempos sejam bem vindos, com entusiasmo, participação e respeito a todos os atores desta imensa tarefa que nos cabe no momento.

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Adolpho Queiroz, professor universitário, secretário municipal de Cultura

 

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