O vereador Acácio Godoy (PP) ocupou o espaço de liderança partidária durante a 14a reunião extraordinária, quinta-feira (13), para analisar as condições da população negra no Brasil no pós-assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, nesta mesma data em 1888. Ele lembrou que o dia também marca os 120 anos da Sociedade Beneficente Treze de Maio, destacou o trabalho de evangelização por intermédio de pastorais da Igreja Católica e realçou as entidades e integrantes do Movimento Negro.
“Hoje é uma data emblemática para a comunidade negra piracicabana, de profunda reflexão para nossa comunidade, não é uma data que comemoramos, mas que usamos para fazer uma reflexão sobre a abolição da escravatura, pertinente à cultura e formação do nosso povo”, disse.
Acácio fez menção à sua participação, na tarde de quinta-feira (13), na live no perfil do Instagram do Parlamento Aberto, sob a condução do jornalista Erich Vallim Vicente, e que contou com a participação do advogado Luciano Alves Lima, do Conepir (Conselho Municipal da Comunidade Negra de Piracicaba) e do Centro de Documentação, e de irmã Rosa Nair, da Pastoral Afro Brasileira Diocesana de Piracicaba.
“Fizemos uma reflexão sobre os avanços, as dificuldades e os desafios que a população afrodescendente enfrenta desde 1888 até agora. Falamos do processo histórico, econômico e de como a população fez esse enfrentamento para avançar em direitos e garantias no país”, disse.
“A todos os nossos irmãos, nunca promovemos uma luta racial nem étnica, pelo contrário, buscamos o que está na lei. Buscando essa igualdade no mundo real, que precisa ser de fato conquistada e jamais isso acontecerá sem o apoio de pessoas que não são da etnia negra”, disse.
O parlamentar também comentou sobre votos de congratulações, a respeito de membros da Igreja Católica, da Diocese local, que têm feito um grande trabalho não só de evangelização, mas social e de inclusão.
“Uma evangelização inclusiva. Quero também fazer menção ao Clube Treze de Maio e a toda militância do movimento negro de Piracicaba, o Coletivo Resistir Sempre, Marias de Luta e Beleza Preta, que fazem parte desse colegiado, e que no dia a dia trabalham no combate ao preconceito e à discriminação”, concluiu.