Qual o significado de “ressuscitai os mortos” dito por Jesus?

Álvaro Vargas

 

Os discípulos convidados por Jesus, receberam como instrução: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus, 10:8). Como os mortos poderiam ser ressuscitados, uma vez que após a morte biológica, o corpo entra rapidamente em processo de decomposição? É evidente, que essa orientação não pode ser interpretada de forma literal. Entretanto, em algumas ocasiões, conforme registrado nos Evangelhos, o Mestre “ressuscitou os mortos”; como compreender o que de fato ocorreu?

Na visão espírita, entendemos que aqueles que foram “ressuscitados”, faziam parte de um grupo de espíritos, que antes de reencarnar, se ofereceram voluntariamente para colaborar com Jesus em sua obra missionária, de modo a confirmar a sua identidade como o Messias, conforme era esperado, segundo as “Sagradas Escrituras”. Vieram com a vestimenta física doente, de modo a serem curados, mas sem violentar a “Lei de Causa e Efeito” (Vivendo com Jesus, cap.14, Amélia Rodrigues e Divaldo Franco). Espírito puro, governador espiritual da Terra, Jesus foi facilmente identificado como o Messias, apenas para aqueles que já eram eletivos a essa revelação; foi assim com os essênios (A Mensagem do Amor Imortal, cap.28, Amélia Rodrigues e Divaldo Franco), e junto ao seu colegiado Galileu (Mateus, 16:13-19). Respeitando o judaísmo, Jesus se apresentou aos rabinos no início de seu ministério, durante um evento na sinagoga de Nazaré, se revelando como o Messias, ao citar a profecia de Isaías; entretanto, não o reconheceram e além disso, tentaram jogá-lo de cima de um penhasco (Lucas, 4:15-30). Para a população em geral, o Mestre reiteradas vezes utilizou-se dos “milagres”, para que as pessoas o identificassem como o “Messias” e aceitassem a sua Boa-nova.

Entre os exemplos deste processo, Lázaro despertou do “sono da morte”, em Betânia (João, 11:43-44), e o mesmo ocorreu com a filha de Jairo, rabino na sinagoga de Cafarnaum (Marcos, 5:39-43). Ambos, adormecidos no fenômeno orgânico da catalepsia, receberam as energias benfeitoras do Mestre Nazareno e se curaram. Não eram almas endividadas, que necessitavam de uma enfermidade física (drenagem da energia negativa do perispírito para o corpo somático). Jesus lhes restituiu a saúde física, livrando-os da doença, que eles mesmos voluntariamente solicitaram; outra ocorrência similar, se passou com o cego de nascença curado pelo Mestre Galileu (João, 9:1-3).

Deus é justo e bom; cada um de nós vivencia um projeto reencarnatório conforme o nosso nível evolutivo. À medida que superamos as limitações humanas, aceitamos desafios maiores em cada reencarnação, de modo a acelerar a nossa evolução espiritual. Isso acontece em todos os campos da atividade humana, como na área médica, filosófica, religiosa etc. Jesus tem trabalhado no esclarecimento espiritual da humanidade, e sempre contou com inúmeros colaboradores, que como aqueles na Judeia, assumiram a tarefa de “morrer” e serem “ressuscitados”. A morte biológica (parada irreversível das funções espontâneas da respiração e da circulação) é um processo irreversível; as leis de Deus são perfeitas, e Jesus não necessitou derrogá-las. Quando ele surgiu no terceiro dia após a sua crucificação, o fez em corpo espiritual. Maria de Magdala o viu pela “vidência mediúnica”; posteriormente, os seus discípulos estiveram com o seu espírito “materializado”, que utilizou das energias dos apóstolos (ectoplasma) para efetivação desse fenômeno mediúnico.

Devemos compreender que a instrução de Jesus aos apóstolos sobre “ressuscitar” os mortos tanto se referiu à necessidade de curar aqueles que se encontravam em estado de catalepsia, como aos que se comportam como “vivos-mortos”, presos que se encontram aos vícios e iniquidades, e necessitam despertar para a verdadeira vida, que é a vivência plena de seus ensinamentos.

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Alvaro Vargas, engenheiro agrônomo, Ph.D., presidente da USE-Piracicaba, palestrante e radialista espírita

 

 

2 comentários em “Qual o significado de “ressuscitai os mortos” dito por Jesus?”

  1. João dos Santos Gonçalves de Brito

    A mãe e o meu filho Eliseu morreram biologicamente e ressuscitaram pela oração de intercessão, o meu filho Eliseu faleceu no ventre, e por ficr muitos dias morto causou infecção generalizada na mãe, ficando 27 dias em estado de coma, os médicos retiraram o respirador artificial e declarou morte á paciente. O meu filho Eliseu já estava em estado de purificação e saindo pedaço dele pela sonda, segundo as palavras do Médico. Contudo eu, o irmão Elias e toda Igreja continuava em oração. Um dia fui orar no monte Juntamente com o Irmão Elias, e, de repete começou um trovão do seio da terra, o trovão foi subindo pelo nascente do sol, e quando chegou na posição de meio dias, entendi uma palavra; “EU…………………………………”e ao descer até se encontrar no centro da terra entendi a segunda palavra: “SOU………………………’ ” O monte se abalou, o irmão Elias foi batizado com o Espírito Santo, e a mãe do meu filho Eliseu juntamente com o meu filho Eliseu ressuscitaram e estão vivos até hoje. Portanto, Glórias a Deus nosso Pai Celestial, Glórias a Jesus o enviado de Deus e ao Espírito Santo nosso Consolador. Canal no You Tube; “Pastor e advogado João dos Santos.”

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