Especialistas reúnem-se para debate sobre ensino remoto e das aulas

A deputada estadual Professora Bebel (PT), presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) promove, nesta quarta (26), debate com o tema “Ensino remoto e o retorno às atividades presenciais nas escolas: educação e saúde em discussão”. O debate terá a participação de Rosaura de Almeida, presidenta da Apase (Sindicato dos Supervisores de Ensino); Teise Garcia (Apase São Paulo) e Márcio Silva (CNE Ribeirão Preto), a partir das 18 horas, e poderá ser acompanhado pelas redes sociais da deputada www.facebook.com/professorabebeloficial e www.facebook.com/assembleiasp.
O retorno às aulas presenciais, anunciadas pelo governo estadual para sete de outubro, tanto para a rede pública quanto a privada, da educação infantil até o ensino superior, não tem a aprovação da presidenta da Apeoesp e de especialistas em educação, assim como para infectologista que tem se posicionado contrários. Para Bebel, São Paulo ainda vive a pandemia do coronavírus e isso colocará em risco a vida tanto dos professores, funcionários, dos alunos e seus familiares. “As escolas não foram e não estão preparadas para garantir segurança para a volta das aulas presenciais”, ressalta.
A Professora Bebel tem declarado que é incompreensível e irresponsável a insistência do Governador João Doria em fixar uma data para o retorno às aulas presenciais. “Isso porque a decisão é à margem de qualquer análise científica e sem que se ofereçam perspectivas para a solução de graves problemas estruturais na rede pública de ensino, sobretudo na rede estadual, a maior do país. Até cinco de outubro teremos a redução drástica da pandemia que nos permita assegurar que a volta das presenciais não causará uma nova onda de contágio do novo coronavírus?”, questiona.
Nesse curto espaço de tempo, a presidenta da Apeoesp – que tem defendido primeiramente a preservação da vida – indaga, ainda: “as escolas serão reformadas para oferecer condições de ventilação, pias, lavatórios, banheiros, bebedouros e amplitude de espaços necessários à segurança sanitária e distanciamento entre os estudantes? Serão contratados os funcionários em número suficiente, que hoje não existem?”. Por isso, ela entende que a nova posição do governo nada altera. “Não aceitamos a volta das aulas presenciais enquanto não houver drástica redução da pandemia, porque defendemos a vida. E isso é a coisa mais importante”, reforça.
Bebel chegou a afirmar que a categoria já cogita uma greve caso haja pressão do setor para o retorno dos profissionais. “Não há nenhuma possibilidade de voltarmos agora, nem gradativamente. E quem tem que assumir essa responsabilidade é o governo ou a Secretaria de Educação, pelo menos com os alunos, já que não respeitam os professores”, comenta.

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