Alesp – Seminário abordará o papel da indústria de tecnologia para a saúde nos municípios

 

 

A transformação digital da saúde no Brasil tem um ponto de convergência incontornável: a interoperabilidade. Essa capacidade de diferentes sistemas e plataformas de informação dialogarem entre si, de forma segura, integrada e padronizada, é hoje um dos pilares para garantir eficiência, transparência e universalização no Sistema Único de Saúde (SUS).

No cenário atual, milhões de dados clínicos permanecem fragmentados entre bases municipais, estaduais e federais, dificultando o acesso ao histórico do paciente, impactando a gestão de recursos e limitando a tomada de decisões de gestores públicos. A interoperabilidade surge justamente para superar essas barreiras, permitindo que informações circulem de maneira inteligente entre unidades básicas, hospitais, laboratórios e órgãos governamentais, assegurando um cuidado contínuo e integral, independentemente do local de atendimento.

Mais que um avanço tecnológico, trata-se de uma política pública essencial para fortalecer o SUS, aprimorar a governança dos dados e ampliar a cooperação entre União, Estados e Municípios. A adoção de padrões nacionais e protocolos abertos aproxima o Brasil de modelos internacionais mais maduros de saúde digital, capazes de responder de maneira ágil e baseada em evidências.

É nesse contexto que será realizado, em 24 de novembro de 2025, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o seminário “O Papel da Indústria de Tecnologia para Saúde na Transformação Digital dos Municípios Paulistas”. A iniciativa é promovida pela Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Inovação e sua Integração com o Mercado de Trabalho, coordenada pelo deputado Luiz Claudio Marcolino (PT/SP), em parceria com a ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde, e conta com apoio do Inova USP.

O evento reunirá nomes de destaque do governo, da academia e do setor produtivo, como Ana Estela Haddad (Ministério da Saúde), Priscilla Perdicaris (Secretaria Executiva da Saúde Estadual), Jorge Lima (Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico), Marcelo Caldeira Pedroso (Coordenador de Ambientes de Inovação da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação), Marcelo Zuffo (Inova USP) e Fernando Silveira (presidente da ABIMED), para discutir caminhos que garantam uma saúde digital integrada, interoperável e inclusiva, alinhada ao princípio constitucional do SUS: “Saúde como direito de todos e dever do Estado.”

O deputado Marcolino, anfitrião do seminário, destaca a relevância do tema para o futuro da saúde pública paulista: “A interoperabilidade é uma condição indispensável para que o SUS avance na qualidade do cuidado e na equidade do atendimento. Quando conectamos dados, conectamos políticas públicas, profissionais de saúde e, sobretudo, pessoas. Nosso objetivo é fortalecer a capacidade dos municípios de oferecer um serviço moderno, eficiente e humanizado, baseado em informação confiável e integrada.”

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