Em Brasília – Na Marcha Nacional, Bebel critica ataques contra os servidores e os serviços públicos

o papel do Estado e enfraquece os serviços públicos
Bebel, ao lado do primeiro presidente da Apeoesp, Fábio de Moraes, com professores e lideranças na Marcha dos Trabalhadores a Brasília

 

A Professora Bebel, que participou ativamente da Marcha, de um carro de som, foi categórica em declarar que “não aceitamos retiradas de direitos”

 

Ao participar da Marcha Nacional contra a Reforma Administrativa e pelos Direitos do Funcionalismo e da Classe Trabalhadora, a segunda presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel fez duras críticas aos ataques aos servidores públicos federais, estaduais e municipais. Realizada em Brasília, ontem (29), a Marcha foi promovida pela CUT e contou com o apoio de diversas entidades ligadas aos servidores públicos, como a Apeoesp, e reuniu trabalhadores de diversas regiões do país.

Bebel, que participou ativamente da Marcha, de um carro de som, foi categórica em declarar que “não aceitamos retiradas de direitos, que parte do Congresso Nacional, vinculado ao Centrão e à extrema-direita quer impor, precarizando as condições funcionais e de trabalho dos servidores, ameaçando a estabilidade e os concursos públicos e, assim, afetando o acesso e a qualidade dos serviços públicos para a população. O plano desses setores retrógados e neoliberais é terceirizar e privatizar, gerar lucros e não atender os interesses da população brasileira”.

A concentração da marcha dos servidores teve início na frente do Museu Nacional da República, percorreu a Esplanada dos Ministérios, e se dirigiu ao Congresso Nacional, com os manifestantes carregando faixas e cartazes em que expressaram posição contra os ataques aos servidores públicos federais, estaduais e municipais. O protesto é contra a PEC 38/2025, que tramita no Congresso, é de autoria de administrativa é de autoria dos deputados Zé Trovão (PL-SC), Fausto Santos Jr. (União Brasil-AM), Marcel van Hattem (Novo-RS), Neto Carletto (Avante-BA) e Júlio Lopes (PP-RJ), com relatoria do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ). Bebel diz que não procede a alegação dos autores de que a PEC visa “modernizar o Estado brasileiro” e tornar a administração pública mais eficiente e sustentável, mas sim reduzir o papel do Estado, o que irá prejudicar principalmente a população que necessita de serviços públicos, como na educação, saúde. “Enfim, é uma proposta que irá atacar todos os servidores e atingir todas as áreas dos serviços públicos”, diz.

Para a segunda presidenta da Apeoesp, a proposta tem caráter liberal e fiscalista, voltado à redução do papel do Estado e à privatização de serviços públicos. Entre os pontos mais criticados estão a flexibilização das regras de contratação e demissão, o aumento de cargos comissionados e a fragilização do Regime Jurídico Único, que garante estabilidade e autonomia aos servidores públicos.

“Por isso, estamos em Brasília, nesta Marcha que tem o objetivo de defender os serviços públicos e os direitos dos servidores, que estão ameaçados pelas mudanças propostas na PEC. A reforma, se aprovada, irá fragilizar carreiras essenciais, reduzir a qualidade do atendimento à população e ampliar o espaço para indicações políticas em cargos públicos”, completa Bebel.

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