Saúde – Bebel denuncia desmonte da Fundação Remédio Popular

Na audiência pública, a deputada Professora Bebel destacou os impactos que a extinção da Furp provocará nas políticas públicas de saúde no Estado de São Paulo. CRÉDITO: Divulgação

 

A deputada estadual Professora Bebel denuncia proposta do governador Tarcísio de Freitas para extinção da Fundação para Remédio Popular

 

 

A deputada estadual Professora Bebel (PT) denuncia que o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, quer extinguir a Fundação para o Remédio Popular (Furp), apesar de ter retirado R$ 11 bilhões da educação com a alegação de que investiria na saúde. A proposta de extinção está contida no Projeto de Lei 49/2025, que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e acaba de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça.

A Furp tem sido responsável por fornecer fármacos estratégicos para programas estaduais e federais de saúde, com foco na oferta de medicamentos a baixo custo. A fundação atua ainda na fabricação de medicamentos para hepatite, AIDS, tuberculose, hanseníase, meningite, sífilis e toxoplasmose, assim como a comercialização de medicamento imunossupressor, para diabetes insípidos e doença de Alzheimer. Nos últimos anos, a fundação enfrentou sucessivas crises orçamentárias e perda de contratos, agravadas pela falta de investimentos do governo estadual.

Em audiência pública nesta semana, promovida pela bancada do Partido dos Trabalhadores, que debateu este projeto, a deputada Professora Bebel manifestou sua profunda preocupação com o futuro desse importante pilar da saúde pública em São Paulo. “Senhor governador, onde estão os R$ 11 bilhões retirados da educação, sob a justificativa de que seriam destinados à saúde? Não seriam mais do que suficientes para resolver qualquer dificuldade enfrentada pela Fundação?”, escreveu a deputada Professora Bebel em suas redes sociais, alertando a população paulista para mais este ataque do governador Tarcísio de Freitas às políticas sociais e a saúde pública, como fez o então governador João Doria, que em plena pandemia da Covid 19 propôs a extinção do Instituto Butantan, que fabrica vacina, mas que com muita pressão e articulação impediu que isso ocorresse.

Bebel destaca que a Fundação para o Remédio Popular foi fundada em 1974, e sua fábrica, inaugurada em 1984, está instalada em Guarulhos, na Grande São Paulo, que conta com cerca de 192 mil metros quadrados, localizada próxima à Via Dutra, e possui desde junho de 2009 uma fábrica em Américo Brasiliense, no interior de São Paulo. “A fundação ocupa posição estratégica nas políticas públicas de saúde, dedicando-se ao desenvolvimento, produção, distribuição e dispensação de produtos para melhoria da qualidade de vida da população”, ressalta.

O projeto, que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo, autoriza a venda dos bens da fundação, incluindo unidades industriais e imóveis considerados estratégicos. “Mais uma medida que desmonta os serviços públicos, demonstrando que este governador não tem nenhuma preocupação com a população paulista que necessita dos serviços públicos”, completa Bebel.

O projeto de lei também prevê a transferência dos servidores estatutários da fundação para outros órgãos do Estado, o que, segundo Bebel, pode significar o fim de décadas de experiência técnica acumulada na produção pública de medicamentos.

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