O rato que ruge

Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho

 

O filme de comédia e sátira de 1959, *O Rato que Ruge* (The Mouse That Roared), usa sua trama absurda para fazer uma crítica bem-humorada sobre diversos temas:

  • A hipocrisia da política internacional: O Grão-Ducado de Fenwick, uma pequena nação europeia, depende economicamente da venda de seu vinho exclusivo. Quando um produtor da Califórnia lança uma imitação barata, o país entra em crise. Ignorados pelos Estados Unidos em suas reclamações, os líderes de Fenwick elaboram um plano inusitado: declarar guerra aos EUA com a intenção de perder rapidamente e, em seguida, receber a generosa ajuda financeira de reconstrução do pós-guerra.
  • A corrida armamentista da Guerra Fria: O filme satiriza a obsessão por armamentos nucleares e a dinâmica de poder entre as superpotências da época (EUA e União Soviética). A comédia atinge o clímax quando o exército de Fenwick, composto por cavaleiros medievais, acidentalmente captura a ‘Q-Bomb’, uma das armas mais destrutivas dos Estados Unidos.
  • O poder inesperado dos pequenos:A trama subverte a lógica de que o maior e mais poderoso sempre prevalece. O pequeno e insignificante Grão-Ducado de Fenwick, o ‘rato’, consegue derrotar acidentalmente o gigante (os EUA) com um plano totalmente ingênuo, ‘rugindo’ metaforicamente na política internacional.
  • A insignificância dos indivíduos na política:A história também sugere que as decisões de grandes líderes nem sempre são as mais lógicas e que, por vezes, a ação de um grupo ‘invisível’ e aparentemente impotente pode gerar um impacto monumental.

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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho, medico piracicabano

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