Você já foi à “Marvada”?

Sergio Oliveira Moraes

Semana braba. Sei não você – mas eu estou aqui com Lenine que não me sai da cabeça: “Mesmo quando tudo pede/Um pouco mais de calma/Até quando o corpo pede um pouco mais de alma/A vida não para”. E aí, sei não você, mas esta sexta-feira 5/9 pede a “Marvada” e com hora marcada, às 19h30. Estarei lá para dar o troco a esse tempo que acelera e pede pressa – sextou na Marvada! E 5/9 é um dia muito especial, tá sabendo?

Mas antes de contar o porquê do especial, tiro a dúvida: você já foi à “Marvada”? Não? Então licença pra eu começar um bocadinho antes, que já fui começando na intimidade, chamando de “Marvada” – que é um pedacinho carinhoso do nome do lugar: “Maria Marvada Loja e Café”. Sabe o endereço? Não? Então lá vai: Rua Prudente de Moraes, 1541 – fácil de achar, não tem como errar.

E emendo outra licença pra contar do que tem lá e que, como já é do nome, vou começar pelo “café”. O difícil de contar (carece de ir lá pra tirar a prova) é que não é “só” um café tirado no capricho, no acompanhado de um biscoito, um copinho de água na medida. A dificuldade é contar do lugar, dos ambientes para tomar esse café, que é só indo mesmo para sentir a gostosura – eu mesmo já saboreei café até na privacidade de uma sala, em reunião de trabalho.

E aí que o bom gosto e o aconchego do lugar ajudaram a amenizar a dureza da agenda – “um lugar que irradia uma energia positiva” – muitos resumiriam. Mas já saboreei também na informalidade do balcão, na prosa com o Giuliano, dono da Marvada, que é da muita simpatia. Você o conhece? Não? Então vá! Então vá e, se lhe apetecer ou estiver acompanhado, for do gosto, escolham uma mesa e tomem seus cafés. Mas antes deem uma olhada pela janela, ou desçam para conhecer o quintal (e que quintal!), o dono da casa terá prazer em lhes mostrar.

Tenho uma ligação muito forte que vem da infância em quintais, e aí me toca o quintal da “Marvada” – espaço privilegiado para eventos também. E a “Marvada” também é “Loja” e aí, se lhe apetece, ou busca um presente, lá tem cachaças, cervejas e vinhos, tudo muito especial. E sem constrangimento, que os preços estão nas garrafas, e sem vergonha de ser feliz, vou recorrendo ao Giuliano, que é um baita sommelier. Qual vinho combina com tal prato? Ou – estou pensando no “custo/benefício” que é no sem compromisso do dia a dia. Ou – preciso de uma cachaça para uma velha amizade. E, na gentileza sincera, o sommelier se desdobra nos cuidados.

E, dando fim ao suspense, é um dia especial para a “Marvada” porque é seu aniversário de 5 anos! Então, a um ambiente aconchegante, com bebidas ao gosto, junte o som intimista da dupla Fernanda Rosolem e Alexandre Bragion – Fernanda na voz e violão, Alexandre no bandolim. “Y se esto fuera poco”, junte as tortas argentinas do também perfeccionista (da culinária), Manuel Guglielmo. Junte tudo isso e me diga se não é um bom lugar, um bom dia, uma boa hora para dar o troco – desacelerar o tempo, recusar a pressa que ele nos pede, fazer hora, ir na valsa – que a vida é tão rara. A vida é tão rara.

E aí? Você já foi à “Marvada”? Não? 5/9, 19h30 vai ser muito especial, tá sabendo?

 

Sergio Oliveira Moraes, físico, docente aposentado da ESALQ /USP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima