CAPIAU POLÍTICO

Foto: Divulgação

ESQUERDINHA NA EDUCATIVA

O presidente do Conselho Coordenador das Entidades Civis de Piracicaba (CCECP0, Carlos Roberto Rodrigues — o “esquerdinha” que nada tem de Esquerda —, esteve na Rádio Educativa, e participou ao vivo do Notícias 105 com Leandro Bollis e Fernando Favoretto. Em seguida, Rodrigues foi entrevistado por Marquinhos Ferreira, falando sobre as atividades do Conselho Coordenador para o Programa Resgate 105, que vai ao ar todos os sábados, às 14 horas. O CCECP está liderando vários movimentos e está mais vivo do que nunca. Ótimo.

LOTERIA MUNICIPAL — I

Com a criação da Loteria Municipal pela gestão do prefeito Helinho Zanatta (PSD), Piracicaba vai realizar o sonho de muitos: perder dinheiro, mas, pelo menos, sem sair da cidade. A Prefeitura garante que a Loteria Municipal vai arrecadar milhões sem aumentar impostos.

LOTERIA MUNICIPAL — II

Diferente das loterias estaduais e nacionais, aqui os recursos ficam na cidade. Ou seja, quando você perder, vai perder por uma boa causa. O projeto prevê até concorrência com cassinos e bingos, caso sejam liberados. Piracicaba pode virar a Las Vegas do Interior – só falta a Torre Eiffel de réplica na Praça José Bonifácio. E isso não é difícil.

LOTERIA MUNICIPAL — III

Aposta mínima: R$ 2,50. Chance de ganhar: quase zero. Chance de ajudar a cidade: 100%. Com previsão de R$ 75 milhões ao ano, a Loteria Municipal pode ser a nova salvação financeira. Só não vale o prefeito jogar também e ganhar o prêmio, aí fica complicado. Antes a gente apostava na Mega-Sena e o dinheiro ia para Brasília. Agora, a fé continua a mesma, só muda o destino do milagre: Prefeitura Municipal. Ótimo.

LOTERIA MUNICIPAL — IV

O projeto foi encaminhado à Câmara de Vereadores, onde será analisado pelas comissões e, posteriormente, levado ao plenário para votação. Resta saber como se posicionarão os vereadores, que também são pastores e defendem com unhas e dentes o prefeito Helinho Zanatta. E condenam o jogo. Afinal, nos púlpitos de suas igrejas, pregam contra a jogatina, mas no plenário terão de decidir se há sorte ou se há coerência.

 

LOTERIA MUNICIPAL — V

Nas igrejas, durante a campanha eleitoral, os pastores candidatos prometem em alto e bom som defender as causas e bandeiras da fé, deixando claro que jogos de azar são tratados como ‘pecado’. Pois bem, este Capiau aqui vai ficar de plantão, bem esperto, com o radinho ligado e a pipoca na mão, só esperando para ver como os vereadores votarão na hora H.

TESTE

Vai ser um verdadeiro teste de fé e de coerência. E, talvez, muitos descobrirão que misturar Igreja com Estado é complicado, mas deixa rolar.

CIDADANIA — I

E reiniciou o projeto ‘Cidadania’ da Igreja do Evangelho Quadrangular, o mesmo projeto que causou inúmeras confusões nas eleições municipais de 2024. No último sábado, durante a Convenção Estadual da denominação, o todo-poderoso presidente do Estado de São Paulo, pastor Toninho Stefan, já colocou no ‘altar’ os velhos conhecidos e eternos candidatos apoiados pela igreja: o deputado estadual Carlos Cézar (PL) e o deputado federal Jefferson Campos (PL). Afirmou que ambos são os legítimos defensores da pauta da Quadrangular na Alesp e na Câmara dos Deputados.

CIDADANIA — II

Quem também marcou presença foi o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado André do Prado (PL), completando o trio parlamentar no evento e recebendo até oração do pastor Toninho Stefan. É claro que o nobre presidente não pediu votos para André do Prado — até porque ainda não se sabe qual cargo ele disputará nas próximas eleições. Muitos apostam que André está entre os cotados para compor a chapa do atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como possível candidato a vice-governador.

CIDADANIA — III

Com a indicação do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do ex-ministro da Controladoria-Geral da União no governo Bolsonaro, Wagner Rosário, para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) — em substituição a Antonio Roque Citadini, que se aposentou — o deputado estadual ligado à Igreja Quadrangular, Carlos Cézar, seguirá como o ‘eterno’ candidato e já se prepara para mais uma reeleição.

CHE GUEVARABOLSONARISTA — I

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto acabou criando um personagem de HQ: o revolucionário de farda e motoca que troca o “Hasta la victoria, siempre!” por um “Deus, pátria, família e jet ski”. Já pensou na camiseta? Na frente, Bolsonaro de boina, na parte de trás: “Intervenção Federal Beach Club”.

CHE GUEVARABOLSONARISTA — II

Enquanto Che Guevara estava na selva, Bolsonaro lideraria a guerrilha na beira da praia, com artilharia de caixas de som em trio elétrico. Che tinha a estrela na boina; Bolsonaro teria uma tilápia, uma moto ou até uma caixa de cloroquina. Valdemar alegou que falava de carisma, mas a base bolsonarista ouviu ‘comunismo’. Resultado: precisou fazer uma live de emergência com tradutor simultâneo de metáforas perigosas. E o que acha dessa comparação, nobre vereador de Piracicaba e bolsonarista (roxo ou vermelho) Renan Paes?

CHE GUEVARABOLSONARISTA — III

Enquanto Che Guevara lutava ao lado de Fidel Castro na Sierra Maestra e bradava ‘¡Viva la Revolución!’, o clã Bolsonaro faz sua ‘batalha’ nos Estados Unidos, empunhando bandeiras do ‘Viva o tarifaço de Trump!’. Cada um combate com as armas que tem: Che tinha um fuzil e ideais revolucionários; Bolsonaro e seus herdeiros têm lives no Instagram e uma guerra contra o STF a favor da anistia, e muito dinheiro. Se Guevara sonhava com a libertação dos povos latino-americanos, a tropa bolsonarista sonha com visto permanente em Orlando e desconto no parque da Disney. Revolução é revolução — só muda a praia onde se acampam as trincheiras.

CHE GUEVARABOLSONARISTA — IV

Quem não deve estar nada feliz com o ‘tarifaço Trump/Bolsonaristas’ são os empresários do agronegócio. Sempre fiéis ao clã Bolsonaro, agora parecem ter levado uma punhalada do filho nº 1, Eduardo Bolsonaro (PL), que não calculou o impacto da jogada: o tarifaço imposto pelo governo americano atinge diretamente quem sempre bancou a tropa. A impressão que fica é de que tentaram uma barganha com o governo brasileiro — ou anistia geral para os bolsonaristas, ou tarifa pesada no bolso do povo e do agro. Resultado: o tiro saiu pela culatra e o agronegócio, que tanto aplaudiu, agora sente o gosto amargo da conta.

LINGUAJAR — I

O pastor Silas Malafaia, após a divulgação dos áudios pela Polícia Federal (PF), viu-se abandonado por políticos da oposição e até por colegas de púlpito. Agora enfrenta críticas não só de adversários, mas também de seus próprios fiéis, em razão do linguajar usado nas gravações. Diante da repercussão, tenta se colocar como vítima e recorre à Bíblia para sustentar a narrativa de perseguição.

LINGUAJAR — II

O curioso é que muitos pastores da região de Piracicaba, que antes da divulgação dos áudios estavam abraçados com Malafaia dizendo ‘estamos juntos’, pregam em suas igrejas que os fiéis não podem usar palavrões — mas, no fim das contas, o próprio líder que defendiam foi flagrado fazendo exatamente o contrário.

LINGUAJAR — III

Essa contradição não é novidade: Jair Bolsonaro também é conhecido pelo linguajar recheado de palavrões, mas, quando se trata deles, os mesmos pastores — incluindo Silas Malafaia — acham tudo normal e ainda arrumam justificativa. Afinal, se os ‘ungidos’ falam palavrão, está tudo certo e explicado.

 

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