Entre os maiores desafios globais

José Antonio Fernandes Paiva

As alterações climáticas têm gerado consequências em várias partes do mundo, e enfrentar esses efeitos tem sido um dos maiores desafios globais. Como cidadãos, administradores e líderes, é essencial que desempenhemos nosso papel, baseados em conhecimentos técnicos, responsabilidade ambiental e compromisso social.

Recentemente, um grupo de cientistas examinou 26 pontos críticos de não-retorno, entre eles a Amazônia. Esses pontos críticos representam limites além dos quais ocorre uma transformação muitas vezes rápida e irreversível, podendo gerar efeitos tanto positivos quanto negativos. Portanto, mesmo uma alteração mínima pode desencadear uma grande mudança na estrutura de certos ecossistemas do nosso planeta.

É hora de iniciar uma corrente de eventos positivos que assegurem um futuro seguro, justo e sustentável para a humanidade. O atual sistema de governança global revela-se inadequado para enfrentar as ameaças iminentes e implementar as soluções urgentes que são necessárias. É inegável que até o momento todos nós falhamos em abordar adequadamente os desafios das mudanças climáticas. No entanto, agora é o momento de agir e corrigir esse rumo, para garantir um caminho mais promissor para as gerações futuras.

No relatório elaborado por 200 pesquisadores, em colaboração com a Universidade de Exeter e o Bezos Earth Fund, foram apresentadas seis recomendações para reduzir os impactos das mudanças climáticas. Estas incluem a implementação gradual da eliminação dos combustíveis fósseis e suas emissões, visando interrompê-los antes de 2050, e o fomento de iniciativas em nível nacional para enfrentar o desafio das mudanças climáticas.

De acordo com o documento, a velocidade da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o crescimento de soluções com zero emissões de carbono determinarão o futuro de milhões de pessoas. Estamos em um momento no mundo crucial para mudar a trajetória socioeconômica do nosso planeta, já que as nossas escolhas têm impacto nos ecossistemas do mundo, inclusive nos do Brasil.

Em Piracicaba, durante os dias 8 e 9 de abril, serão debatidas questões fundamentais sobre as energias limpas e renováveis, o seminário internacional contará com de rodas de conversas conduzidas por especialistas para propor alternativas para os modais urbanos de locomoção, meios de transporte e a indústria da mobilidade. Um dos pontos altos do debate promete ser o crescente papel do hidrogênio para um futuro sustentável.

Não há como retroceder, temos que viver intensamente o presente. A expansão industrial e comercial sustentável otimizam de forma geral, a qualidade de vida e geração de emprego para todos e, acima de tudo, passamos a nos preocupar mais com o futuro da humanidade. O hidrogênio impacta positivamente na qualidade de vida. Agora, é aguardar quais serão as grandes novidades que teremos neste seminário com tantos nomes relevantes do cenário nacional e internacional debatendo o assunto amparado em fundamentação cientifica e com um horizonte grandioso de desenvolvimento, mudança de comportamento e transições energéticas.

Resolver as crises climáticas e naturais exigirá grandes transições na maioria dos setores, desde mudanças alimentares, à restauração de florestas, até a eliminação progressiva do motor de combustão interna. As mudanças climáticas definem o nosso tempo, é essencial que façamos avançar a ciência sobre os pontos de retorno globais para enfrentar as ameaças e oportunidades que se avizinham. O caminho que escolhermos agora determinará o futuro da humanidade.

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José Antonio Fernandes Paiva, presidente do  Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região

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