
O Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região promoverá campanha de conscientização sobre o trabalho dos bancários, exigindo respeito, e irá
intensificar a fiscalização sobre as condições existentes nas agências e postos de atendimento da cidade e região.
A decisão foi tomada na plenária do Sistema Diretivo da entidade, no último dia 22, quando os diretores apresentaram diversas reclamações que vêm sendo feitas pela categoria. Os pontos de atenção principais são os problemas em equipamentos de ar-condicionado, situações de desrespeito aos funcionários da parte de clientes e a sobrecarga de trabalho.
Além da fiscalização e apuração das denúncias, o Sindicato irá desenvolver campanhas de conscientização sobre o tema, tendo como foco o respeito aos bancários. “Nós vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir condições adequadas aos trabalhadores. Vamos cobrar medidas dos bancos e fazer um trabalho educativo junto aos clientes”, afirma o presidente do SindBan Piracicaba, José Antonio Fernandes Paiva.
Paiva lembra que no caso do ar-condicionado, os problemas se intensificaram nas últimas semanas, com o aumento das temperaturas, mas são recorrentes, pois muitos bancos não realizam a manutenção dos equipamentos. Com isso, bancários e clientes ficam submetidos ao calor extremo, com pouca circulação de ar, o que resulta em um ambiente insalubre e favorece a proliferação de doenças, especialmente respiratórias.
“É um descaso que os bancos, com lucro na casa das centenas de bilhões, não solucionem este problema, pondera Paiva, lembrando que a entidade mantém, há alguns anos a campanha “Sem ar não tem clima para trabalhar”, que será intensificada.
Além disso, quando receber denúncias de quebra ou mau funcionamento dos equipamentos irá exigir providências imediatas, inclusive acionando o Cerest (Centro de Referência de Saúde do Trabalhador de Piracicaba), que possui equipamentos para verificar a qualidade do ar e protocolos para garantir as providências legais cabíveis.
AGRESSÕES — Outro problema levantado durante a plenária foi o aumento de casos de desrespeito aos bancários por parte de clientes de diversos bancos e agências da cidade. Os casos envolvem desde agressões verbais até situações mais graves, como a de um cliente que atirou uma caneta em uma bancária, e ameaças de agressão física.
“Nós vamos apurar cada caso e exigir providências de acordo com a gravidade. É obrigação dos bancos garantir a segurança dos trabalhadores em sua atividade e o Sindicato vai tomar providências visando o cumprimento dessa obrigação”, explica Paiva.
Além da fiscalização e denúncia, a entidade vai realizar uma campanha educativa junto aos clientes, com a produção de material de comunicação sobre o tema. “Nós entendemos os problemas que afetam as pessoas, mas é preciso entender que os bancários estão apenas fazendo o seu trabalho, são funcionários e não têm responsabilidade sobre as decisões dos bancos”, afirma Paiva.
O dirigente observa que o problema tem se agravado em função da política dos próprios bancos, que têm insistido no fechamento de agências e postos de atendimento e na demissão de bancários. “Isso ocasiona sobrecarga de trabalho e certamente prejudica os clientes, com o aumento no tempo de espera para atendimento”, salienta.
Paiva acredita que uma campanha certamente irá sensibilizar os clientes, melhorar o relacionamento e estimular um ambiente de respeito e mais seguro para o trabalho. “O atendimento deve ser pautado pelo respeito ao ser humano, pela cordialidade, vamos insistir nessa abordagem”, conclui.