Gregório José
Argentina voltou à tática ocorrida 40 anos atrás para ter direitos sobre as Ilhas Malvinas, coordenada e administrada pelo Reino Unido. Angola, Moçambique e Timor-Leste referendaram apoio incondicional à Argentina, dizendo que a mesma deve deter o poderia sobre aquela localidade.
No entanto, não levam em conta que em plebiscito realizado pelos moradores da ilha, 99,8% decidiram que preferem ficar ligados à Inglaterra e pertencendo ao reinado da então Rainha Elizabeth e não sob a presidência Argentina.
A questão entre os países pela soberania daquele arquipélago remota a colonização do continente sul-americano e bem antes da independência da Argentina. Naquela ocasião, Espanha e Reino Unido expressavam discordâncias sobre o território.
Em Falkland residem 3.200 pessoas que se autodeclaram habitantes ligados ao reino Unido e, portanto, não aceitam ou acatam decisões que não venham do Rei Charles.
A ilha consta de uma lista das Nações Unidas de Territórios Não-Autônomos desde 1946, mesmo ano que a Argentina pleiteia, para si, o poderia sobre o arquipélago.
Mas, o que chama a atenção, é que nações com problemas internos estruturais e de sobrevivência de seu povo quer se meter em um local cujos habitantes sabem bem o que desejam e como preferem levar suas vidas.
Angola, Moçambique e Timor-Leste enfrentam problemas grandes, fome, analfabetismo, segregação, guerrilhas e subempregos, em algumas situações, escravidão e corrupção de governantes.
Podem ate ter voz e voto em reuniões mundiais, mas devem, primeiro olhar para seus territórios para então, depois, dizerem que uma nação está certa e outra não.
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Gregório José, jornalista, radialista, filósofo