Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho
Docinho, saboroso, natural e versátil. Estamos falando do mel, que além de agradar o paladar, é tudo de bom do ponto de vista nutricional. Esse ingrediente delicioso é capaz de fortalecer nosso sistema imunológico, colaborar com a boa digestão, e até mesmo combater a prisão de ventre. Mas seus benefícios não param por aí: o mel é antisséptico, diurético, antioxidante, calmante, e expectorante.
Não é à toa que o mel geralmente está presente nos chás certeiros que as avós preparam com tanto carinho. Para garantir tudo isso, sem exagerar na dose, a recomendação diária é de, no máximo, uma colher de sopa (o equivalente a 25 gramas).
Apesar dos benefícios, vale lembrar: diabéticos devem evitar o consumo dessa especiaria. Isso porque ele possui muito açúcar simples, que eleva a glicemia do sangue rapidamente. Somente o mel natural é capaz de garantir esses efeitos positivos ao nosso corpo. Se você quer comprovar a qualidade do mel comprado, existem algumas dicas. A primeira é colocar um pouquinho de mel na geladeira.
Se ele começar a cristalizar, é puro, mel de verdade. Outro teste é dissolver uma colher de mel na água. O mel puro irá agrupar na parte inferior do copo. Já o mel adulterado ou artificial irá se dissolver. Fique de olho, afinal de contas, falsificar mel é crime. Ambos produzidos pelas abelhas, o mel e o própolis, apesar de diferentes, são bastante utilizados na prevenção e tratamento de doenças. A primeira serve como alimento e outra para a manutenção e proteção da colmeia. Você sabia que o própolis é considerado o melhor método de defesa da natureza? Ele ganha o título, aliás, de antibiótico natural, sendo antiviral, antifúngico e antibacteriano.
As abelhas, além de fornecerem essas substâncias tão importantes, contribuem para nossa alimentação de outras maneiras. Estima-se que um terço do que comemos vem de plantas polinizadas por insetos (80% dos quais seriam abelhas).
Aliás, você sabia que, para produzir 450 g de mel, elas precisam visitar 2 milhões de flores? Mas não se preocupe. As abelhas melíferas produzem de 2 a 3 vezes mais mel do que precisam. Então, não estamos prejudicando a natureza se pegarmos esse excesso para o consumo.
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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho, médico