Saúde pública no Vida Nova, Monte Feliz e no Vem Viver

Barjas Negri

Desde 2000, a Prefeitura de Piracicaba vem seguindo a estratégia do Ministério da Saúde para a Atenção Básica na Saúde, mediante a implantação de Unidades do Programa de Saúde Família (USF), que é composto por um médico, uma enfermeira, dois técnicos de enfermagem e quatro ou seis agentes comunitários da saúde.
A USF é a porta de entrada para o Serviço Único de Saúde (SUS), que oferece atendimento ambulatorial, consultas previamente agendas com clínicos-gerais. Ele ainda promove a prevenção à saúde: acompanhamento de gestantes, aplicação de vacinas, curativos, coleta de exames etc. Além disso, o SUS encaminha os pacientes para o atendimento com médicos especializados em diversas áreas da medicina.
Em Piracicaba, num prazo de 20 anos foram implantadas 52 equipes de USF, com capacidade para atender 51 mil famílias ou 200 mil pessoas. Esse é um número expressivo, representando 45% da população. Merece o destaque que do total de USF, 37 têm consultório odontológico para atendimento gratuito dos usuários do SUS.
Com o crescimento populacional e o surgimento de novos loteamentos, bairros e condomínios, foi preciso continuar investindo na implantação de novas USF, como foram os casos das unidades dos bairros Monte Feliz, Vida Nova/Vale do Sol/Gran Park e Vem Viver/Jd. Piracicaba/Jd. Ipês.
A Prefeitura de Piracicaba colocou recursos no Orçamento Municipal para a construção e implantação dessas três novas unidades de saúde, que deveriam estar concluídas desde março de 2021. Para surpresa de todos, há da atual gestão municipal não colocou essas unidades em funcionamento, pela falta de atenção e solidariedade para mais de 4 mil famílias que moram nesses bairros. Até agora, essas USF estão construídas, mas não foram equipadas e não se tem notícias da contratação ou não de profissionais. Assim, essas famílias continuam sendo obrigadas a se deslocar para outros bairros distantes em busca de atendimento básico garantido pelo SUS.
Era de se esperar mais respeito a esses moradores, principalmente as mulheres, crianças e idosos. A maioria deles depende do atendimento médico do SUS, o atendimento do “postinho”, dentro da estratégia estabelecida pelo Ministério da Saúde. Ao que tudo indica, não é por falta de recursos da Prefeitura de Piracicaba. Mas o que aconteceu?
Além disso, há ainda mais alguns bairros que precisariam ter uma USF próxima da população, completando as áreas territoriais de atendimento da Atenção Básica. Se a Prefeitura ainda não inicia as atividades das unidades já prontas desde 2021, dificilmente conseguirá construir e fazer funcionar outras em dois anos, prazo para o fim dessa gestão municipal. Trata-se de mais um descaso da Prefeitura para com uma população dependente do SUS.
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Barjas Negri, prefeito de Piracicaba por três gestões

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