Corais e vida marinha

Pesquisas ao longo dos anos com corais (verdadeiras florestas do fundo do mar que sustentam a vida marinha) estruturas de beleza inconfundível bastante conhecidas de todos nós, facilmente visíveis pelos mergulhadores que estudam esses organismos, tem observado o fenômeno denominado de “branqueamento dos corais” que expressa o definhamento e a morte desses seres destruídos pelas mudanças climáticas e pela degradação das zonas costeiras. Dados que estão sendo obtidos e analisados indicam que 70% a 90% dos recifes de corais do mundo poderão sofrer branqueamento se a temperatura do mar aumentar 1,5ºC até 2030…portanto nosso tempo é curto para proporcionar uma virada nesta situação. As consequências não serão boas para ninguém… 25% das espécies oceânicas são dependentes dessas estruturas em alguma fase de seu ciclo de vida! E mais, estima-se que milhões de pessoas tirem seu sustento dos corais, em atividades de pesca em pequena escala e turismo. Observações no litoral pernambucano sobre esses organismos em 2020, demonstraram o pior evento de destruição desses seres vivos em 35 anos. Esta pesquisa está sendo estendida por toda costa dos Corais no Nordeste. Gestões governamentais de não somente impedir essa destruição como também promover condições para a sua imediata restauração com base científica, devem ser uma questão de consciência e decisão social e política para um mundo melhor. As consequências serão trágicas para todos nós! O seu olhar e entendimento desse fenômeno de nossos mares, podem ser significativos para a aumentar a consciência coletiva e impedir que danos maiores venham a ocorrer.

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José F. Höfling, Biólogo, Professor da Unicamp

 

 

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