Cris Batochio
Pensar em celebrar o dia 08 de março sempre acaba sendo uma via de mão dupla, visto que esta comemoração nos remete a um fato histórico marcado por momentos de luta para que as mulheres pudessem ter seu espaço e seus direitos respeitados. Uma luta por igualdade e equidade que ainda não acabou.
Desta forma, nós, da Semdettur, buscamos algo que conectasse a nossa missão de gerar emprego e renda a algo real e que causasse impacto nesta data comemorativa. Assim, desenhamos uma ação que impacte as duas pontas do processo de empregabilidade. A 1ª – os empregadores e a 2ª os que buscam empregos. A programação está dividida da seguinte forma: Dia 27/03 – Teremos uma ação onde 4 executivas de grandes empresas da cidade, apresentaram cases de sucesso da inclusão da mulher nas empresas e comunidades que atuam. Já no dia 28/03 vamos oferecer empregos específicos para o público feminino, quando realizaremos um grande mutirão com 200 vagas e participação de 20 das maiores empresas do município. Ambos os eventos acontecerão na Fumep.
Importante destacar que o papel da mulher vem se transformando ao longo da história. Uma trajetória marcada pela luta ao direito de existir enquanto indivíduo – parte da sociedade. Deixando de lado o papel serviçal de reprodutora, dona de casa e mãe de família. A mulher, assim como o homem, pode estar onde ela escolher estar. Onde se sinta bem, se sinta produtiva, feliz e exercendo sua missão.
É preciso sair da bolha. Caso contrário, ficaremos sabendo de situações bizarras apenas pelas notícias da mídia. E neste momento poderá será tarde para fazermos algo. Pense por um momento: Como você trata as mulheres ao seu redor?
A voz da mulher tem ganhado força e tem ficado cada vez mais relevante. Muitas têm se destacado e falado em nome de todas. A mulher tem deixado de lado a crença limitante e totalmente imposta de que são rivais e devem competir. A sororidade tem ganhado espaço entre as mulheres. Elas têm se reconhecido enquanto iguais. Enquanto irmãs de jornada.
A sororidade, de maneira geral, diz respeito à união das mulheres. Envolve um sentimento de irmandade, empatia, solidariedade e companheirismo. É respeito e admiração ativados pela identidade de gênero. O significado de sororidade carrega a ideia de que elas ficam mais fortes quando se unem.
Esta mudança ainda é muito pequena, comparada à necessidade deste olhar e das ações em prol da mulher. Mas cada atitude, cada ação é um marco na construção desta sociedade formada de todos nós.
Mulheres não querem igualdade. Mulheres querem equidade. Querem ter direitos respeitados. Direto de ser quem são, de serem ouvidas, vistas e valorizadas por suas inúmeras características e talentos.
Reflexões sobre este tema não podem cessar. As pessoas precisam evoluir e aprender que falas, posturas, atitudes discriminatórias não cabem mais na sociedade do século XXI. (nunca couberam em século algum).
Toda vez que elevamos nosso nível de consciência sobre o cuidado e a compaixão em relação a uma minoria, estamos levando isso para o todo.
Neste mês de março, não dê flores para as mulheres – dê respeito, dignidade, escuta e valorização.
Quantas mulheres vivem ao seu redor? Como você as tem tratado?
Comece hoje, faça sua parte!
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Cris Batochio é assessora especial em trabalho e renda da Semdettur